{"title":"“UM NEGÃO DESSE TAMANHO”: cacos e currículos cotidianos na trajetória de um professor negro de geografia","authors":"V. Hozana","doi":"10.12957/tamoios.2023.76524","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo se constrói a partir de relatos da minha trajetória ao longo de 16 anos de experiência como professor de geografia nas escolas do estado do Rio de Janeiro. Tem o objetivo de dialogar sobre currículo e ensino de geografia na aplicação da lei 10.639/03. Minha escolha teórico metodológica baseia-se em três conceitos: cotidiano, currere e paradigma indiciário. Assim, venho trilhando meu caminho na escrita acadêmica ressaltando a importância de uma educação antirracista, das múltiplas possibilidades de compreensão e valorização da produção de saberes no cotidiano escolar. Diante disso, neste artigo abordo a impossibilidade de controle do currículo, e a mudança de ótica na observação dos diversos imprevistos que permeiam nosso dia a dia, para que possamos vislumbrar parte da riqueza presente no cotidiano escolar, manifestando-se através da heterogeneidade presente nas escolas. As temáticas abordadas parecem funcionar como gatilhos, rizomas que acionam experiências e saberes dos estudantes e professores, muitas vezes levando as reflexões e os debates para caminhos bem distantes do tema. Ao navegar em um rio anastomosado, muitos são os caminhos para percorrer da nascente a foz. Nos cotidianos os sujeitos estão sempre presentes e o racismo e suas diversas manifestações também. Palavras-chave: Racismo, Estudos do cotidiano, Educação, Antirracista, Geografia.","PeriodicalId":31324,"journal":{"name":"Revista Tamoios","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-07-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Tamoios","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.12957/tamoios.2023.76524","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo se constrói a partir de relatos da minha trajetória ao longo de 16 anos de experiência como professor de geografia nas escolas do estado do Rio de Janeiro. Tem o objetivo de dialogar sobre currículo e ensino de geografia na aplicação da lei 10.639/03. Minha escolha teórico metodológica baseia-se em três conceitos: cotidiano, currere e paradigma indiciário. Assim, venho trilhando meu caminho na escrita acadêmica ressaltando a importância de uma educação antirracista, das múltiplas possibilidades de compreensão e valorização da produção de saberes no cotidiano escolar. Diante disso, neste artigo abordo a impossibilidade de controle do currículo, e a mudança de ótica na observação dos diversos imprevistos que permeiam nosso dia a dia, para que possamos vislumbrar parte da riqueza presente no cotidiano escolar, manifestando-se através da heterogeneidade presente nas escolas. As temáticas abordadas parecem funcionar como gatilhos, rizomas que acionam experiências e saberes dos estudantes e professores, muitas vezes levando as reflexões e os debates para caminhos bem distantes do tema. Ao navegar em um rio anastomosado, muitos são os caminhos para percorrer da nascente a foz. Nos cotidianos os sujeitos estão sempre presentes e o racismo e suas diversas manifestações também. Palavras-chave: Racismo, Estudos do cotidiano, Educação, Antirracista, Geografia.