{"title":"“Lázaro: eu sou a tua morte”: imagens de Lázaro em Sylvia Plath e Hilda Hilst","authors":"Willian André, Lara Luiza Oliveira Amaral","doi":"10.15446/lthc.v24n1.93794","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo apresentamos algumas reflexões sobre a releitura do personagem bíblico Lázaro em duasproduções literárias do século 20: o poema “Lady Lazarus”, de Sylvia Plath, e a narrativa Lázaro, de Hilda Hilst. Por meio dessa leitura comparada —que aqui se apresenta não tanto uma estrutura fechada de tópicos, mas sim em fragmentos reflexivos abertos, acentuados por certo exercício de estilo—, procuramos mostrar e comentar formas modernas de apropriação de uma narrativa que remonta aos primórdios da cultura ocidental. Para reforçar o elemento intertextual, tangenciamos outras releituras sobre o mesmo personagem, e, principalmente, recorremos a ponderações sobre as temáticas da angústia e da morte. O percurso reflexivo mostra uma apropriação de Lázaro que se constrói em caráter de subversão, mantendo a ressurreição do personagem não para mostrar o triunfo da vida sobre a morte, mas sim o seu oposto.","PeriodicalId":41315,"journal":{"name":"Literatura-Teoria Historia Critica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Literatura-Teoria Historia Critica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15446/lthc.v24n1.93794","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LITERARY THEORY & CRITICISM","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Neste artigo apresentamos algumas reflexões sobre a releitura do personagem bíblico Lázaro em duasproduções literárias do século 20: o poema “Lady Lazarus”, de Sylvia Plath, e a narrativa Lázaro, de Hilda Hilst. Por meio dessa leitura comparada —que aqui se apresenta não tanto uma estrutura fechada de tópicos, mas sim em fragmentos reflexivos abertos, acentuados por certo exercício de estilo—, procuramos mostrar e comentar formas modernas de apropriação de uma narrativa que remonta aos primórdios da cultura ocidental. Para reforçar o elemento intertextual, tangenciamos outras releituras sobre o mesmo personagem, e, principalmente, recorremos a ponderações sobre as temáticas da angústia e da morte. O percurso reflexivo mostra uma apropriação de Lázaro que se constrói em caráter de subversão, mantendo a ressurreição do personagem não para mostrar o triunfo da vida sobre a morte, mas sim o seu oposto.