{"title":"O Estágio Curricular Supervisionado no Ensino Remoto: experiências e reflexões na Licenciatura em Artes Visuais","authors":"Maristani Polidori Zamperetti","doi":"10.22456/2236-3254.125162","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo desenvolveu-se a partir de pesquisa-ensino (PENTEADO, 2010) na prática universitária e propõe-se a discutir, através de relatos de alunas do Curso de Artes Visuais – Licenciatura de uma universidade pública do Estado do Rio Grande do Sul, as vivências e experiências do Estágio Curricular Supervisionado no contexto do ensino remoto emergencial (ERE), em 2021. Trago, a partir de questionamentos advindos das práticas pedagógicas como orientadora deste componente curricular, temas que convergem para a reflexão sobre as percepções, desafios e dificuldades enfrentadas pelas acadêmicas estagiárias, a partir de pontos de inflexão frente às práticas educativas remotas desenvolvidas em contextos escolares mediados por tecnologias digitais, como também suas percepções frente ao ERE desenvolvido no contexto acadêmico. Aplicativos e programas como o Google Meet, redes sociais como o Facebook e o Whatsapp, e-mails e a plataforma Google Classroom possibilitaram relativos direcionamentos de recursos ao ensino, mas também, visaram a simplificação de processos educativos, ao modo instrucional. Concluí, a partir dos depoimentos e dos aportes teóricos, que a experiência do estágio no ensino remoto foi uma possibilidade rara de gestão de vivências, trocas e construção de uma identidade docente, que se transformou frente aos desafios impostos. Porém, é necessário mencionar que a resposta educacional à crise pandêmica revelou um paroxismo, um nível alto de tensão em busca de emersão de processos educativos a serem compreendidos e refletidos, e que estavam em curso. De outra forma, entendo que as práticas de estágio em ERE, pelo seu ineditismo, conduziram as alunas à atenta observação e investigação de outras realidades escolares, propiciando a aprendizagem e construção profissional em meio à conflitos e desafios, pois não existiam respostas antes de surgirem os problemas e não as temos ainda.","PeriodicalId":52688,"journal":{"name":"Cena","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-10-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cena","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22456/2236-3254.125162","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O presente artigo desenvolveu-se a partir de pesquisa-ensino (PENTEADO, 2010) na prática universitária e propõe-se a discutir, através de relatos de alunas do Curso de Artes Visuais – Licenciatura de uma universidade pública do Estado do Rio Grande do Sul, as vivências e experiências do Estágio Curricular Supervisionado no contexto do ensino remoto emergencial (ERE), em 2021. Trago, a partir de questionamentos advindos das práticas pedagógicas como orientadora deste componente curricular, temas que convergem para a reflexão sobre as percepções, desafios e dificuldades enfrentadas pelas acadêmicas estagiárias, a partir de pontos de inflexão frente às práticas educativas remotas desenvolvidas em contextos escolares mediados por tecnologias digitais, como também suas percepções frente ao ERE desenvolvido no contexto acadêmico. Aplicativos e programas como o Google Meet, redes sociais como o Facebook e o Whatsapp, e-mails e a plataforma Google Classroom possibilitaram relativos direcionamentos de recursos ao ensino, mas também, visaram a simplificação de processos educativos, ao modo instrucional. Concluí, a partir dos depoimentos e dos aportes teóricos, que a experiência do estágio no ensino remoto foi uma possibilidade rara de gestão de vivências, trocas e construção de uma identidade docente, que se transformou frente aos desafios impostos. Porém, é necessário mencionar que a resposta educacional à crise pandêmica revelou um paroxismo, um nível alto de tensão em busca de emersão de processos educativos a serem compreendidos e refletidos, e que estavam em curso. De outra forma, entendo que as práticas de estágio em ERE, pelo seu ineditismo, conduziram as alunas à atenta observação e investigação de outras realidades escolares, propiciando a aprendizagem e construção profissional em meio à conflitos e desafios, pois não existiam respostas antes de surgirem os problemas e não as temos ainda.