Gabriel Castro Siqueira, Alice Marrone Marcolino, Alessandro De Oliveira dos Santos
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Abstract
Este texto discute experiências de preconceito e discriminação de mulheres transexuais e travestis negras e suas estratégias de enfrentamento. Trata-se de um estudo qualitativo descritivo, com cinco participantes na faixa etária de 25 até 47 anos. Os resultados mostraram que a maior vulnerabilidade à violência de mulheres transexuais e travestis negras resulta de experiências de preconceito e discriminação racial e sexual, fazendo com que elas se sintam prejudicadas ao realizar sua transição de gênero e impedidas de viver plenamente as identidades que assumiram para si. O pertencimento religioso e a participação em coletivos auto-organizados são suas principais estratégias de enfrentamento para fortalecer a autoestima, elaborar as experiências de preconceito e discriminação e explorar suas possibilidades de feminilidade livremente. A criação ou aprimoramento de políticas que possam apoiar integralmente à saúde das mulheres transexuais e travestis, é fundamental para promover o bem viver dessa população e reduzir sua vulnerabilidade à violência.