{"title":"Viagens autodeslocantes e suas instabilidades nas rotinas de mobilidade estética","authors":"Monique Roelofs","doi":"10.5216/v.v20.71535","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Os ritmos repetitivos, as direcionalidades e os impulsos criativos exibidos por nossos comportamentos em viagem constituem assunto de notáveis obras de arte contemporâneas. Essas obras alcançam uma longa linhagem filosófica que entrelaça estética e viagens. Para Friedrich Schiller (1967), liberdade, igualdade e felicidade pública são o telos de uma viagem estética. A historiadora da arte Kobena Mercer (2016) reconhece no trabalho de artistas negros “passagens para novas liberdades”. Como são as possibilidades estéticas de nossas viagens em vista da força homogeneizadora do mercado global e da obstrução recorrente do movimento? Como a destruição ambiental, os esquemas de formação do sujeito neoliberal, as condições duradouras de desigualdade social e violência racial influenciam a estética das viagens na era atual? Este artigo esboça como as viagens artísticas nos gêneros da ópera-performance, desenho, romance e instalação cinematográfica afastam-se de esquemas mercantilizadores e consumistas de mobilidade estética para produzir roteiros transformados de endereçamento estético e relacionamento, a fim de engendrar mudanças sociais e políticas necessárias.","PeriodicalId":30965,"journal":{"name":"Visualidades","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-02-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Visualidades","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5216/v.v20.71535","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Os ritmos repetitivos, as direcionalidades e os impulsos criativos exibidos por nossos comportamentos em viagem constituem assunto de notáveis obras de arte contemporâneas. Essas obras alcançam uma longa linhagem filosófica que entrelaça estética e viagens. Para Friedrich Schiller (1967), liberdade, igualdade e felicidade pública são o telos de uma viagem estética. A historiadora da arte Kobena Mercer (2016) reconhece no trabalho de artistas negros “passagens para novas liberdades”. Como são as possibilidades estéticas de nossas viagens em vista da força homogeneizadora do mercado global e da obstrução recorrente do movimento? Como a destruição ambiental, os esquemas de formação do sujeito neoliberal, as condições duradouras de desigualdade social e violência racial influenciam a estética das viagens na era atual? Este artigo esboça como as viagens artísticas nos gêneros da ópera-performance, desenho, romance e instalação cinematográfica afastam-se de esquemas mercantilizadores e consumistas de mobilidade estética para produzir roteiros transformados de endereçamento estético e relacionamento, a fim de engendrar mudanças sociais e políticas necessárias.