{"title":"Samba, brasilidade, e a expansão da cidadania popular no Rio de Janeiro, 1937-1945.","authors":"C. Daflon","doi":"10.32997/2382-4794-vol.10-num.10-2018-2224","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este trabalho investiga como compositores de música popular no Rio de Janeiro dialogaram e negociaram com o projeto do Estado Novo, liderado pelo presidente Getúlio Vargas no Brasil. Naquele contexto, novas tecnologias sonoras e de gravação, somadas à busca de um ideal de ‘brasilidade’ compatível com a ‘revolução’ almejada pelo governo Vargas, abriram um espaço extraordinário (ainda que constantemente monitorado) para a produção e massificação de diferentes expressões da cultura popular, sendo o samba a mais potente entre elas. O artigo pretende analisar sambas que carregam interpretações e reivindicações sobre as profundas transformações que o varguismo impôs à realidade brasileira e ao espaço urbano do Rio de Janeiro. Concentro-me, sobretudo, na dimensão política das canções criadas por sambistas populares, e como estas desafiaram, contestaram ou evidenciaram tensões no modelo civilizatório que as autoridades no Brasil e em sua capital tentavam impor naquele momento.","PeriodicalId":30579,"journal":{"name":"Taller de la Historia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2018-06-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Taller de la Historia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.32997/2382-4794-vol.10-num.10-2018-2224","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"HISTORY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este trabalho investiga como compositores de música popular no Rio de Janeiro dialogaram e negociaram com o projeto do Estado Novo, liderado pelo presidente Getúlio Vargas no Brasil. Naquele contexto, novas tecnologias sonoras e de gravação, somadas à busca de um ideal de ‘brasilidade’ compatível com a ‘revolução’ almejada pelo governo Vargas, abriram um espaço extraordinário (ainda que constantemente monitorado) para a produção e massificação de diferentes expressões da cultura popular, sendo o samba a mais potente entre elas. O artigo pretende analisar sambas que carregam interpretações e reivindicações sobre as profundas transformações que o varguismo impôs à realidade brasileira e ao espaço urbano do Rio de Janeiro. Concentro-me, sobretudo, na dimensão política das canções criadas por sambistas populares, e como estas desafiaram, contestaram ou evidenciaram tensões no modelo civilizatório que as autoridades no Brasil e em sua capital tentavam impor naquele momento.