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Abstract
O objetivo do texto é contribuir para a definição de uma escola discursiva fundada por Daniel Defoe em Robinson Crusoé, há trezentos anos. A hipótese de que o título inaugura uma tradição importante para o desenvolvimento do romance como gênero é sustentada pela observação de sua economia formal e de seus prováveis efeitos de leitura, que se transformam no tempo e nas diferentes realizações que repõem o modelo em novos contextos, mais ou menos distantes do original. Assim aparecem, aqui, além do primeiro e do segundo Robinson de Defoe, interpretações de O Robinson suíço (Johann David Wyss), A escola dos Robinsons (Júlio Verne), Suzana e o Pacífico (Jean Giraudoux), Sexta-Feira ou os limbos do Pacífico (Michel Tournier), A vida sexual de Robinson Crusoé (Michel Gall) e A invenção de Morel (Adolfo Bioy Casares), que representam configurações narrativas desiguais, mas relevantes para o entendimento em perspectiva das continuidades em jogo.