Leonel Felix Leão Neto, Erick Candiota Souza, Emanoelli Aparecida Rodriguez, Marelise Moral Montana, Amarílis Díaz de Carvalho, P. S. Junior
{"title":"Esqueletopia e topografia da artéria celíaca no Lycalopex gymnocercus (Fischer, 1814)","authors":"Leonel Felix Leão Neto, Erick Candiota Souza, Emanoelli Aparecida Rodriguez, Marelise Moral Montana, Amarílis Díaz de Carvalho, P. S. Junior","doi":"10.7213/1981-4178.2019.17007","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O Lycalopex gymnocercus (graxaim-do-campo) é um canídeo silvestre de médio porte que ocorre no cone sul. Tem dieta onívora e habita desde planícies descampadas até matas densas. A artéria celíaca é um dos principais ramos da aorta abdominal e possibilita a irrigação de importantes órgãos, tais como estômago, pâncreas, baço e duodeno. Objetivou-se estudar a topografia da artéria celíaca no L. gymnocercus, com ênfase em características comparativas e aplicadas. Para tal, foram dissecados, mensurados e radiografados 15 cadáveres de L. gymnocercus coletados mortos em rodovias. Foi registrada a posição de origem da artéria celíaca na aorta e sua esqueletopia em relação às vertebras. Também foi mensurada a distância entre as artérias celíaca e mesentérica cranial e verificada a correlação entre esta distância e o comprimento rostro-sacral dos espécimes, bem como a existência de diferenças nesta distância entre os sexos. Em 67% dos casos, a artéria celíaca foi o primeiro ramo visceral da aorta abdominal, emergindo caudalmente ao hiato aórtico. Em 33%, a artéria celíaca originou-se cranialmente ao hiato aórtico, caracterizando uma origem torácica. Apresentou uma distância média da artéria mesentérica cranial de 6,66 ± 1,85 mm, com valores mínimos e máximos de 4,63 e 10,83 mm respectivamente. Sua esqueletopia predominante foi ao nível da segunda vértebra lombar (L2), variando cranialmente até a primeira (L1). Houve correlação positiva moderada (r = 0,52) entre as distâncias das artérias celíaca e mesentérica cranial com o comprimento rostro-sacral dos indivíduos. Não houve diferença na distância entre as artérias quando comparados os sexos. O percentual elevado de indivíduos com origem da artéria celíaca cranialmente ao diafragma e a esqueletopia ao nível da segunda vértebra lombar foram as principais diferenças encontradas em relação aos carnívoros domésticos e pode ter implicação em medicina de animais silvestres.","PeriodicalId":36041,"journal":{"name":"Revista Academica Ciencia Animal","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-05-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Academica Ciencia Animal","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.7213/1981-4178.2019.17007","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Veterinary","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O Lycalopex gymnocercus (graxaim-do-campo) é um canídeo silvestre de médio porte que ocorre no cone sul. Tem dieta onívora e habita desde planícies descampadas até matas densas. A artéria celíaca é um dos principais ramos da aorta abdominal e possibilita a irrigação de importantes órgãos, tais como estômago, pâncreas, baço e duodeno. Objetivou-se estudar a topografia da artéria celíaca no L. gymnocercus, com ênfase em características comparativas e aplicadas. Para tal, foram dissecados, mensurados e radiografados 15 cadáveres de L. gymnocercus coletados mortos em rodovias. Foi registrada a posição de origem da artéria celíaca na aorta e sua esqueletopia em relação às vertebras. Também foi mensurada a distância entre as artérias celíaca e mesentérica cranial e verificada a correlação entre esta distância e o comprimento rostro-sacral dos espécimes, bem como a existência de diferenças nesta distância entre os sexos. Em 67% dos casos, a artéria celíaca foi o primeiro ramo visceral da aorta abdominal, emergindo caudalmente ao hiato aórtico. Em 33%, a artéria celíaca originou-se cranialmente ao hiato aórtico, caracterizando uma origem torácica. Apresentou uma distância média da artéria mesentérica cranial de 6,66 ± 1,85 mm, com valores mínimos e máximos de 4,63 e 10,83 mm respectivamente. Sua esqueletopia predominante foi ao nível da segunda vértebra lombar (L2), variando cranialmente até a primeira (L1). Houve correlação positiva moderada (r = 0,52) entre as distâncias das artérias celíaca e mesentérica cranial com o comprimento rostro-sacral dos indivíduos. Não houve diferença na distância entre as artérias quando comparados os sexos. O percentual elevado de indivíduos com origem da artéria celíaca cranialmente ao diafragma e a esqueletopia ao nível da segunda vértebra lombar foram as principais diferenças encontradas em relação aos carnívoros domésticos e pode ter implicação em medicina de animais silvestres.