Flávio de Jesus Camilo, R. Silva, F. J. Aidar, R. N. Benda, H. Toledo, Cristiano Domingues da Silva, M. L. M. Filho, M. B. Filho
{"title":"Análise da detecção de talentos no voleibol a partir da abordagem da gestão de conhecimento: uma proposta para técnicos da base","authors":"Flávio de Jesus Camilo, R. Silva, F. J. Aidar, R. N. Benda, H. Toledo, Cristiano Domingues da Silva, M. L. M. Filho, M. B. Filho","doi":"10.6063/MOTRICIDADE.22717","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: Detectar um talento esportivo tem sido um trabalho árduo para os treinadores das diversas modalidades esportivas. Esse tem sido reconhecido em pessoas que apresentam um elevado potencial, uma capacidade especial ou, até mesmo, uma aptidão para o desempenho esportivo. Além disso, outras conceituações podem ser adotadas, com o ensejo de melhor se compreender esse fenômeno. Entretanto, pouco se sabe sobre o processo de detecção de talento, especificamente no voleibol, a partir da abordagem da Gestão do Conhecimento. Objetivo: Comparar os critérios adotados pelos treinadores de diferentes grupos (Grupo A – Treinadores de elite; Grupo B – Treinadores de categorias de base) no processo de detecção de talento, nas categorias de base do voleibol, a partir da Gestão do Conhecimento. Metodologia: Estudo do tipo observacional, corte transversal, comparativo por natureza. Fizeram parte deste estudo 39 treinadores de voleibol, com idades entre 27 e 65 anos (média = 48,3 ± 8,4 anos), sendo todos do sexo masculino, divididos em dois grupos. O instrumento adotado foi um questionário estruturado contendo 13 questões de autoclique. Os dados foram apresentados como média ± desvio-padrão, mediana, intervalo interquartil (IIQ, percentis 25 e 75) e medidas de frequência. Comparações das características demográficas entre os grupos de treinadores foram feitas pelo teste U de Mann-Whitney. Todas as análises foram realizadas por linguagem de programação estatística R (versão 4.0.5; R Core Team, R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Áustria). Resultados: Não houve diferença significativa na maioria das questões avaliadas. Nas questões de ranqueamento (questões 11 e 12), percebeu-se que a maioria delas apresentou um bom consenso entre os grupos entre as variáveis investigadas, sendo o biotipo a variável com maior consenso (0.58) e a massa muscular com valores abaixo de 0.50 (0,47). Não houve consenso pleno (= 1) em nenhuma das variáveis ranqueadas nessas questões. Conclusão: Foi possível concluir que os treinadores de ambos os grupos adotam diferentes variáveis físicas e antropométricas como fortes indicadores de um possível talento na modalidade investigada. Todavia, uma proposta para os treinadores das categorias de base, durante o processo avaliativo dos atletas, não deve se voltar somente para essas variáveis, mas também para os instrumentos e testes mensuradores dos aspectos psicoemocionais (pouco adotados) que também devem ser levados em consideração durante a avaliação desse processo, o que pode ser sustentado devido ao seu alto valor preditivo, frente ao processo de detecção de talentos, a partir da abordagem da Gestão do Conhecimento. Contudo, outras investigações com diferentes amostragens e desenhos metodológicos se fazem necessárias para confirmação dessa tendência.","PeriodicalId":53589,"journal":{"name":"Motricidade","volume":"16 1","pages":"156-163"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-12-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Motricidade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.6063/MOTRICIDADE.22717","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Medicine","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: Detectar um talento esportivo tem sido um trabalho árduo para os treinadores das diversas modalidades esportivas. Esse tem sido reconhecido em pessoas que apresentam um elevado potencial, uma capacidade especial ou, até mesmo, uma aptidão para o desempenho esportivo. Além disso, outras conceituações podem ser adotadas, com o ensejo de melhor se compreender esse fenômeno. Entretanto, pouco se sabe sobre o processo de detecção de talento, especificamente no voleibol, a partir da abordagem da Gestão do Conhecimento. Objetivo: Comparar os critérios adotados pelos treinadores de diferentes grupos (Grupo A – Treinadores de elite; Grupo B – Treinadores de categorias de base) no processo de detecção de talento, nas categorias de base do voleibol, a partir da Gestão do Conhecimento. Metodologia: Estudo do tipo observacional, corte transversal, comparativo por natureza. Fizeram parte deste estudo 39 treinadores de voleibol, com idades entre 27 e 65 anos (média = 48,3 ± 8,4 anos), sendo todos do sexo masculino, divididos em dois grupos. O instrumento adotado foi um questionário estruturado contendo 13 questões de autoclique. Os dados foram apresentados como média ± desvio-padrão, mediana, intervalo interquartil (IIQ, percentis 25 e 75) e medidas de frequência. Comparações das características demográficas entre os grupos de treinadores foram feitas pelo teste U de Mann-Whitney. Todas as análises foram realizadas por linguagem de programação estatística R (versão 4.0.5; R Core Team, R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Áustria). Resultados: Não houve diferença significativa na maioria das questões avaliadas. Nas questões de ranqueamento (questões 11 e 12), percebeu-se que a maioria delas apresentou um bom consenso entre os grupos entre as variáveis investigadas, sendo o biotipo a variável com maior consenso (0.58) e a massa muscular com valores abaixo de 0.50 (0,47). Não houve consenso pleno (= 1) em nenhuma das variáveis ranqueadas nessas questões. Conclusão: Foi possível concluir que os treinadores de ambos os grupos adotam diferentes variáveis físicas e antropométricas como fortes indicadores de um possível talento na modalidade investigada. Todavia, uma proposta para os treinadores das categorias de base, durante o processo avaliativo dos atletas, não deve se voltar somente para essas variáveis, mas também para os instrumentos e testes mensuradores dos aspectos psicoemocionais (pouco adotados) que também devem ser levados em consideração durante a avaliação desse processo, o que pode ser sustentado devido ao seu alto valor preditivo, frente ao processo de detecção de talentos, a partir da abordagem da Gestão do Conhecimento. Contudo, outras investigações com diferentes amostragens e desenhos metodológicos se fazem necessárias para confirmação dessa tendência.