Isabel Cristina De Moura Carvalho, Giovanna Paccillo Dos Santos
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Abstract
O artigo aqui apresentado busca compreender como se produzem os sentidos seculares, médicos e científicos do Mindfulness: uma prática associada, ao mesmo tempo, ao autocuidado e bem-estar no Ocidente, e à meditação budista, originária do Oriente. Vamos partir da ideia de que as práticas de Mindfulness fazem parte do que se tem denominado amplamente de “espiritualidade”, remetendo às cosmologias imanentes e seculares em oposição às religiões da transcendência. Nestas últimas, o sagrado é postulado como uma dimensão emanada de uma fonte externa a este mundo, que se alcança através de rituais mediadores, como, por exemplo, no cristianismo. Nas espiritualidades seculares, trata-se do cultivo de virtudes para viver neste mundo e encontrar nele sentidos que podem reencantar a existência. As espiritualidades seculares, de modo geral, envolvem todos os sentidos humanos, estão situadas num tempo-espaço vivido no presente, onde os sentidos do bem viver passam pelo corpo, pela natureza, e pela virtude de enfrentar, com o menor sofrimento, as contingências e as ansiedades do dia a dia.