Marcela Almeida Zequinão, P. Medeiros, Wanderlei Abadio de Oliveira, Manoel Antônio dos Santos, Luis Lopes, B. Pereira
{"title":"Insatisfação corporal e bullying entre escolares de baixo peso do Brasil e Portugal","authors":"Marcela Almeida Zequinão, P. Medeiros, Wanderlei Abadio de Oliveira, Manoel Antônio dos Santos, Luis Lopes, B. Pereira","doi":"10.36311/jhgd.v32.9943","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: a imagem corporal é constituída por aspectos psíquicos e culturais elaborados pelo sujeito. Dela decorre satisfação ou insatisfação, que podem ser promovidas ou intensificadas pela pressão dos pares sobre os ideais de imagem corporal.\nObjetivo: comparar a taxa de prevalência de insatisfação corporal entre estudantes brasileiros e portugueses com baixo peso, e analisar a associação desta variável com o contexto social, estado nutricional e participação em situações de bullying.\nMétodo: participaram da pesquisa 720 estudantes dos dois países (377 meninas; M = 10 anos), de cinco escolas públicas e três escolas privadas. Os participantes responderam os seguintes instrumentos: questionário sociodemográfico; Escala de Silhuetas Corporais e Questionário de Bullying. Também foram mensuradas massa corporal e estatura. Os dados foram analisados estatisticamente.\nResultados: em relação à insatisfação pela magreza os participantes da rede de ensino privada apresentaram 0,43 (IC95%=0,25-0,72) vezes menos chances de manifestarem esse quadro quando comparados aos participantes da rede pública. Os meninos apresentaram 1,64 (IC95%=1,08-2,50) vezes mais chances de apresentar o desfecho de insatisfação que as meninas. Entre as vítimas-agressoras observou-se 3,67 (IC95%=1,41-9,53) vezes mais chances quando comparadas com aqueles que não participavam de situações de bullying. Os dados revelaram que a satisfação corporal foi semelhante entre os estudantes dos dois países, mas diferiu em alguns aspectos de contexto. Verificou-se que crianças e adolescentes com baixo peso também necessitam de atenção em relação à insatisfação corporal, principalmente em função da identificação dessa variável como um possível fator de risco associado a vítimas-agressoras de bullying.\nConclusão: ações interventivas podem ser subsidiadas pelos resultados apresentados para prevenir e combater tanto da insatisfação corporal quanto o bullying escolar.","PeriodicalId":35218,"journal":{"name":"Journal of Human Growth and Development","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Journal of Human Growth and Development","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.36311/jhgd.v32.9943","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q2","JCRName":"Medicine","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Introdução: a imagem corporal é constituída por aspectos psíquicos e culturais elaborados pelo sujeito. Dela decorre satisfação ou insatisfação, que podem ser promovidas ou intensificadas pela pressão dos pares sobre os ideais de imagem corporal.
Objetivo: comparar a taxa de prevalência de insatisfação corporal entre estudantes brasileiros e portugueses com baixo peso, e analisar a associação desta variável com o contexto social, estado nutricional e participação em situações de bullying.
Método: participaram da pesquisa 720 estudantes dos dois países (377 meninas; M = 10 anos), de cinco escolas públicas e três escolas privadas. Os participantes responderam os seguintes instrumentos: questionário sociodemográfico; Escala de Silhuetas Corporais e Questionário de Bullying. Também foram mensuradas massa corporal e estatura. Os dados foram analisados estatisticamente.
Resultados: em relação à insatisfação pela magreza os participantes da rede de ensino privada apresentaram 0,43 (IC95%=0,25-0,72) vezes menos chances de manifestarem esse quadro quando comparados aos participantes da rede pública. Os meninos apresentaram 1,64 (IC95%=1,08-2,50) vezes mais chances de apresentar o desfecho de insatisfação que as meninas. Entre as vítimas-agressoras observou-se 3,67 (IC95%=1,41-9,53) vezes mais chances quando comparadas com aqueles que não participavam de situações de bullying. Os dados revelaram que a satisfação corporal foi semelhante entre os estudantes dos dois países, mas diferiu em alguns aspectos de contexto. Verificou-se que crianças e adolescentes com baixo peso também necessitam de atenção em relação à insatisfação corporal, principalmente em função da identificação dessa variável como um possível fator de risco associado a vítimas-agressoras de bullying.
Conclusão: ações interventivas podem ser subsidiadas pelos resultados apresentados para prevenir e combater tanto da insatisfação corporal quanto o bullying escolar.