{"title":"CONTINUIDADES E MODERNIZAÇÃO ENTRE OLIVEIRA VIANNA E GILBERTO FREYRE","authors":"Gustavo Zullo, U. Silva","doi":"10.1590/0102-165196/116","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo O artigo se propõe a apresentar dois eixos comuns a dois autores paradigmáticos da interpretação da formação social brasileira: Oliveira Vianna e Gilberto Freyre. De um lado, evidencia-se os caminhos que buscaram para velar e diluir o antagonismo entre dominados e dominadores, o que passou pela modernização do discurso conservador que acompanhou a amplitude e a intensidade das tensões sociais. De outro lado, destaca-se as saídas que estes autores sugeriram para acomodar as crescentes tensões entre as oligarquias regionais. Para tanto, mostramos que ambos idealizaram o passado colonial com o intuito de forjar uma narrativa sobre a cultura nacional que legitimasse um equilíbrio mais estável das estruturas de poder no Brasil, coincidindo com suas defesas da segregação social.","PeriodicalId":35204,"journal":{"name":"Lua Nova","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Lua Nova","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/0102-165196/116","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Social Sciences","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Resumo O artigo se propõe a apresentar dois eixos comuns a dois autores paradigmáticos da interpretação da formação social brasileira: Oliveira Vianna e Gilberto Freyre. De um lado, evidencia-se os caminhos que buscaram para velar e diluir o antagonismo entre dominados e dominadores, o que passou pela modernização do discurso conservador que acompanhou a amplitude e a intensidade das tensões sociais. De outro lado, destaca-se as saídas que estes autores sugeriram para acomodar as crescentes tensões entre as oligarquias regionais. Para tanto, mostramos que ambos idealizaram o passado colonial com o intuito de forjar uma narrativa sobre a cultura nacional que legitimasse um equilíbrio mais estável das estruturas de poder no Brasil, coincidindo com suas defesas da segregação social.