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Abstract
Este artigo estuda o conceito de foreground presente na literatura e reflete sobre a reelaboração de foreground do docente, principalmente os aspectos que os mobilizam a ensinar e a aprender. A análise possui como base o entendimento de que ensinar necessita de aprendizagens constantes, em que o docente se permita interpretar as vivências, as realizações, os desejos, os sonhos, bem como as angústias, as barreiras e as frustrações. O suporte teórico é acompanhado por autores como Biotto Filho (2015); Nóvoa (2016, 2022); Skovsmose (1994, 2006, 2007, 2008, 2014, 2018); Tessaro e Bernardi (2019). Evidencia-se que reelaborar foreground, na observação de fatores internos (dimensão subjetiva) e externos (dimensão social), permite ao ser humano aprender ter desejo, dar sentido e significado à sua vida pessoal e profissional, enfim suas concepções, horizontes e visões de futuro. Perpassando as caracterizações de foreground e colocando-os no contexto vivido da docência, pode-se identificar situações importantes, as quais remetem a reflexões e questionamentos de lugares que possibilitam a esse docente reelaborar seus foregrounds de forma coletiva e, em especial, em um “lugar” chamado formação continuada. Por fim, infere-se que reelaborar foregrounds de docentes envolve refletir a maneira como uma pessoa interpreta as possibilidades e perspectivas presentes em seu contexto, compreendendo os desejos para o futuro, com objetividade, sendo fundamentais para suas ações e atitudes.