{"title":"AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE DOCENTES DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS SOBRE MAUS-TRATOS INFANTIS","authors":"Brendo Benzecry Silva De Lima, A. Pieri","doi":"10.21117/RBOL-V8N12021-347","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O cirurgião-dentista está em situação privilegiada na detecção precoce de maus-tratos infantis, devido ao maior acometimento das lesões na região de cabeça e pescoço, área onde atua. O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento dos docentes de Odontologia da UEA sobre o papel do cirurgião-dentista nos casos de maus-tratos infantis e seu interesse no assunto. Foram aplicados 45 questionários para um estudo descritivo de corte transversal. Resultados: a maioria possui uma especialidade (75,56%), tempo de atuação entre 16 e 20 anos (31,11%) e atua nos ambientes público e privado (71,11%). 53,33% definiram corretamente maus-tratos infantis. 75,56% citaram incompletamente os tipos de maus-tratos, sendo que físico (71,11%) e psicológico (57,78%) foram os mais citados. De 0 a 10, foi obtida a média 5,71 para a capacidade de identificar maus-tratos. Sinais físicos (84,44%) e comportamentais (77,78%) foram os mais citados. 24,44% já suspeitaram de violência durante atendimento odontológico, destes, 36,36% acionaram o Conselho Tutelar. 55,56% responderam que o Conselho Tutelar é o órgão a ser acionado. 80% não sabem se sofrerão consequências legais caso não notifiquem suspeitas de violência. De 0 a 10, foi obtida média 8,74 para a disposição em receber informações sobre o assunto. Conclusão: Os entrevistados manifestaram conhecimento básico, insuficiente para detecção e manejo das variadas situações de maus-tratos infantis, o que também pode influenciar inadequadamente na abordagem do assunto na graduação. Por outro lado, demonstraram-se sensibilizados e com interesse em se aprimorar sobre o tema.","PeriodicalId":53157,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Odontologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-04-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Odontologia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21117/RBOL-V8N12021-347","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O cirurgião-dentista está em situação privilegiada na detecção precoce de maus-tratos infantis, devido ao maior acometimento das lesões na região de cabeça e pescoço, área onde atua. O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento dos docentes de Odontologia da UEA sobre o papel do cirurgião-dentista nos casos de maus-tratos infantis e seu interesse no assunto. Foram aplicados 45 questionários para um estudo descritivo de corte transversal. Resultados: a maioria possui uma especialidade (75,56%), tempo de atuação entre 16 e 20 anos (31,11%) e atua nos ambientes público e privado (71,11%). 53,33% definiram corretamente maus-tratos infantis. 75,56% citaram incompletamente os tipos de maus-tratos, sendo que físico (71,11%) e psicológico (57,78%) foram os mais citados. De 0 a 10, foi obtida a média 5,71 para a capacidade de identificar maus-tratos. Sinais físicos (84,44%) e comportamentais (77,78%) foram os mais citados. 24,44% já suspeitaram de violência durante atendimento odontológico, destes, 36,36% acionaram o Conselho Tutelar. 55,56% responderam que o Conselho Tutelar é o órgão a ser acionado. 80% não sabem se sofrerão consequências legais caso não notifiquem suspeitas de violência. De 0 a 10, foi obtida média 8,74 para a disposição em receber informações sobre o assunto. Conclusão: Os entrevistados manifestaram conhecimento básico, insuficiente para detecção e manejo das variadas situações de maus-tratos infantis, o que também pode influenciar inadequadamente na abordagem do assunto na graduação. Por outro lado, demonstraram-se sensibilizados e com interesse em se aprimorar sobre o tema.