{"title":"A medicalização do “fracasso escolar” em escolas públicas municipais de ensino fundamental de Vitória-ES","authors":"E. Bassani, Lygia De Sousa Viégas","doi":"10.9771/re.v9i1.28793","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este estudo apresenta uma analise do processo de medicalizacao e patologizacao da educacao em escolas municipais de ensino fundamental de Vitoria, Espirito Santo. Tem por principal objetivo conhecer os motivos de encaminhamento para diagnostico medico de 1.628 alunos matriculados em 45 escolas publicas de ensino fundamental, no ano letivo de 2013. Com esse proposito, foi desenvolvido um estudo documental com abordagem quantiqualitativa. Foi utilizado para analise dos dados o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versao 20.0, mediante a estatistica descritiva, com tabelas de frequencia simples e graficos com cruzamentos. Foram definidas oito categorias de analise que emergiram dos encaminhamentos realizados, entre as quais duas se destacaram: dificuldade de aprendizagem, perfazendo um total de 67% dos alunos encaminhados; e problema de comportamento, com 54,8%. Os resultados obtidos demonstraram ainda que os alunos encaminhados eram, em sua maioria, do sexo masculino, totalizando 67,6%. A faixa etaria predominante se encontrava entre 8 e 10 anos, equivalendo a 41,3% dos alunos encaminhados, seguida da faixa etaria entre 11 e 13 anos, que foi 31,6%. Essa faixa etaria corresponde ao primeiro ciclo do ensino fundamental, tendo uma porcentagem equivalente a 72,3%, com destaque para os matriculados no segundo e terceiro anos. Constatou-se, ainda, que, desde a idade de 13 anos, os encaminhamentos caem abruptamente. Quanto ao ano escolar, essa queda comeca no quinto ano, sendo quase inexistente o numero de encaminhamentos realizados no nono ano.","PeriodicalId":30568,"journal":{"name":"Revista Entreideias Educacao Cultura e Sociedade","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-05-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Entreideias Educacao Cultura e Sociedade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.9771/re.v9i1.28793","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este estudo apresenta uma analise do processo de medicalizacao e patologizacao da educacao em escolas municipais de ensino fundamental de Vitoria, Espirito Santo. Tem por principal objetivo conhecer os motivos de encaminhamento para diagnostico medico de 1.628 alunos matriculados em 45 escolas publicas de ensino fundamental, no ano letivo de 2013. Com esse proposito, foi desenvolvido um estudo documental com abordagem quantiqualitativa. Foi utilizado para analise dos dados o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versao 20.0, mediante a estatistica descritiva, com tabelas de frequencia simples e graficos com cruzamentos. Foram definidas oito categorias de analise que emergiram dos encaminhamentos realizados, entre as quais duas se destacaram: dificuldade de aprendizagem, perfazendo um total de 67% dos alunos encaminhados; e problema de comportamento, com 54,8%. Os resultados obtidos demonstraram ainda que os alunos encaminhados eram, em sua maioria, do sexo masculino, totalizando 67,6%. A faixa etaria predominante se encontrava entre 8 e 10 anos, equivalendo a 41,3% dos alunos encaminhados, seguida da faixa etaria entre 11 e 13 anos, que foi 31,6%. Essa faixa etaria corresponde ao primeiro ciclo do ensino fundamental, tendo uma porcentagem equivalente a 72,3%, com destaque para os matriculados no segundo e terceiro anos. Constatou-se, ainda, que, desde a idade de 13 anos, os encaminhamentos caem abruptamente. Quanto ao ano escolar, essa queda comeca no quinto ano, sendo quase inexistente o numero de encaminhamentos realizados no nono ano.