Takaaki Shochi, Marine Guerry, Hanako Suzuki, Mami Kanzaki, Jean-Luc Rouas, T. Nishida, Y. Ohmoto
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Abstract
O presente artigo enfoca os diversos tipos de riso registrados durante interações sociais reais realizadas em um ambiente de imersão virtual. Neste experimento, investigamos se os seres humanos são capazes de discriminar risos sociais de risos espontâneos e gargalhadas audiovisuais, sem terem acesso a nenhum contexto de produção do riso. Para tal, realizamos dois experimentos perceptuais considerando apenas o estímulo auditivo, por um lado, e o estímulo audiovisual, por outro. Os sujeitos dos testes de percepção são falantes nativos franceses e japoneses. Cada sujeito ouviu e ouviu e viu 162 risadas e escolheu uma resposta entre três possibilidades: social, espontânea ou irreconhecível. Os resultados de ambos os experimentos mostram que todos os participantes são capazes de discriminar esses dois tipos de riso com um grau de confiança bastante elevado, mesmo sem as informações contextuais: a taxa de identificação correta para o riso espontâneo é de cerca de 70%, com uma quantidade semelhante de riso social considerando tanto os estímulos visuais quanto os audiovisuais. A seguir, foram extraídas medidas acústicas para cada risada, a fim de investigar possíveis diferenças entre os dois tipos de riso. A análise multifatorial demonstra que os comportamentos perceptuais e algumas características acústicas (F0 e duração) estão correlacionados. Observarmos, particularmente, uma diferença significativa entre o riso social e o riso espontâneo através dos traços da duração total e da duração do vozeamento. Por último, realizamos mais um experimento perceptual sobre a subcategorização dos risos sociais com base em três fatores sociais: estado físico do falante, envolvimento do falante e distância psicológica. Os resultados mostram que o riso social é evocado de forma semelhante no que diz respeito ao estado físico do falante e envolvimento do falante. Entretanto, no que diz respeito à distância social, há divergência de percepção entre franceses e japoneses sendo que nestes últimos predomina a percepção da distância psicológica.