{"title":"Nietzsche na perspectiva pragmatista. Monismo e pluralismo para um novo paradigma bio-antropológico","authors":"Riccardo Roni","doi":"10.1590/2316-82422022v4302rr","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo: Neste artigo eu analiso alguns momentos da influência e recepção de Nietzsche entre a Europa e a América (nomeadamente em Martin Heidegger, Giovanni Papini e Josiah Royce) através de uma perspectiva pragmatista, a fim de mostrar como um monismo seletivo e um pluralismo realista emergem de suas interpretações de Nietzsche. Com base nesta reconstrução teórica e historiográfica, enfatizo que Nietzsche, tanto por meio de seu monismo como de seu pluralismo, pode questionar qualquer suposta irreversibilidade no campo da moral. Ao reconhecer a possibilidade de mudança do sujeito, de reverter a única irreversibilidade superficial de seu Dasein, o pragmatismo de Nietzsche neste sentido representa uma grande conquista teórica, indispensável para a definição de um novo paradigma bio-antropológico, no qual a identidade pode coexistir efetivamente com diferença.","PeriodicalId":31393,"journal":{"name":"Cadernos Nietzsche","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos Nietzsche","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/2316-82422022v4302rr","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Resumo: Neste artigo eu analiso alguns momentos da influência e recepção de Nietzsche entre a Europa e a América (nomeadamente em Martin Heidegger, Giovanni Papini e Josiah Royce) através de uma perspectiva pragmatista, a fim de mostrar como um monismo seletivo e um pluralismo realista emergem de suas interpretações de Nietzsche. Com base nesta reconstrução teórica e historiográfica, enfatizo que Nietzsche, tanto por meio de seu monismo como de seu pluralismo, pode questionar qualquer suposta irreversibilidade no campo da moral. Ao reconhecer a possibilidade de mudança do sujeito, de reverter a única irreversibilidade superficial de seu Dasein, o pragmatismo de Nietzsche neste sentido representa uma grande conquista teórica, indispensável para a definição de um novo paradigma bio-antropológico, no qual a identidade pode coexistir efetivamente com diferença.