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Abstract
Partimos da formulação de Sándor Ferenczi de que o final da análise consistiria na superação da “mentira” por parte do analisando, indicando que esta é a resposta sintomática ao “desmentido” (Verleugnung) sofrido na situação traumática. Nesse sentido o percurso de uma análise implicaria: superar a “identificação ao agressor” decorrente das experiências traumáticas, favorecendo ao analisando o gesto inspirado em sua autenticidade; a “neocatarse” necessária para que o sujeito possa perlaborar a clivagem narcísica, livrando-se da tirania dos objetos incorporados; e a “crianceria”, na forma do resgate da palavra evocativa própria da linguagem da ternura infantil.