{"title":"Tipologias de funcionamento familiar: Do desenvolvimento identitário à perturbação emocional na adolescência e adultez emergente","authors":"Ana Prioste, P. Tavares, Eunice Magalhães","doi":"10.14417/AP.1534","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O funcionamento familiar contribui diferentemente para ajustamento psicológico, de acordo com as etapas de desenvolvimento e com as tarefas que lhes estão subjacentes. Através de um desenho quantitativo transversal, e com recurso a uma amostra de 387 participantes com idades compreendidas entre os 15 e os 25 anos (M=20.06, DP=3.21), este estudo pretendeu: identificar as tipologias de funcionamento familiar, a partir das dimensões coesão e conflito; e analisar a associação entre as tipologias de funcionamento familiar, os processos de desenvolvimento da identidade, a etapa desenvolvimental (adolescência e adultez emergente) e a perturbação emocional. Foram identificadas cinco tipologias de funcionamento familiar, correspondentes a famílias: Coesas, Desligadas, Equilibradas, Conflituosas e Emaranhadas. Tendo em conta a literatura, os participantes foram divididos em grupos, consoante a idade (adolescentes e adultos emergentes) e o nível de perturbação emocional (com e sem perturbação emocional). Os resultados mostram associações estatisticamente significativas entre as tipologias de funcionamento familiar, a etapa desenvolvimental, os processos de desenvolvimento da identidade e os grupos com e sem perturbação emocional. Especificamente, os resultados indicam que os adultos emergentes percepcionam o funcionamento das suas famílias como mais Coeso ou Emaranhado, em comparação com os adolescentes; e que o grupo com perturbação emocional percepcionou, maioritariamente, o funcionamento da sua família como Emaranhado. São discutidas as implicações para a prática e para a literatura nas áreas da Psicopatologia do Desenvolvimento e Psicologia da Família.","PeriodicalId":38440,"journal":{"name":"Analise Psicologica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-06-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"5","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Analise Psicologica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14417/AP.1534","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"Social Sciences","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O funcionamento familiar contribui diferentemente para ajustamento psicológico, de acordo com as etapas de desenvolvimento e com as tarefas que lhes estão subjacentes. Através de um desenho quantitativo transversal, e com recurso a uma amostra de 387 participantes com idades compreendidas entre os 15 e os 25 anos (M=20.06, DP=3.21), este estudo pretendeu: identificar as tipologias de funcionamento familiar, a partir das dimensões coesão e conflito; e analisar a associação entre as tipologias de funcionamento familiar, os processos de desenvolvimento da identidade, a etapa desenvolvimental (adolescência e adultez emergente) e a perturbação emocional. Foram identificadas cinco tipologias de funcionamento familiar, correspondentes a famílias: Coesas, Desligadas, Equilibradas, Conflituosas e Emaranhadas. Tendo em conta a literatura, os participantes foram divididos em grupos, consoante a idade (adolescentes e adultos emergentes) e o nível de perturbação emocional (com e sem perturbação emocional). Os resultados mostram associações estatisticamente significativas entre as tipologias de funcionamento familiar, a etapa desenvolvimental, os processos de desenvolvimento da identidade e os grupos com e sem perturbação emocional. Especificamente, os resultados indicam que os adultos emergentes percepcionam o funcionamento das suas famílias como mais Coeso ou Emaranhado, em comparação com os adolescentes; e que o grupo com perturbação emocional percepcionou, maioritariamente, o funcionamento da sua família como Emaranhado. São discutidas as implicações para a prática e para a literatura nas áreas da Psicopatologia do Desenvolvimento e Psicologia da Família.