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Abstract
Este artigo explora as relações entre sujeito e arte durante a quarentena. Pretende-se partir de uma análise da encenação de duas peças digitais e investigar como se dá a apresentação do tempo – o tempo da encenação e tempo do encenado – e do corpo dos atores, e como se dá a formação de uma comunidade da distância entre espectadores e atores durante a apresentação da peça. Para isso, o artigo recorre à narração em primeira pessoa da experiência do espectador, à exploração da ideia de ritmo e de socialismo da distância desenvolvida por Roland Barthes, da discussão do espectador emancipado por Jacques Rancière e do jogo do tempo do teatro descrito por Peter Szondi.