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Abstract
O agronegócio globalizado é um dos principais vetores da reorganização do território brasileiro, notadamente desde os anos de 1980, gerando inúmeras novas relações campo-cidade, processos de (re)estruturação urbano-regional, de (re)estruturação de muitas cidades, assim como de formação de novas cidades em função das demandas impostas pelos agentes hegemônicos desse agronegócio. O principal objetivo deste artigo é refletir sobre possibilidades de operacionalização de pesquisas sobre o que chamamos de cidade do agronegócio. Entendemos que os estudos sobre esse tipo de cidade podem ser organizados a partir de diferentes eixos, dentre os quais: reestruturação produtiva da agropecuária; o consumo produtivo do agronegócio; a composição do setor industrial; a dinâmica populacional; a dinâmica do mercado de trabalho; a reestruturação da cidade; as desigualdades socioespaciais na escala intraurbana. Embora tais temas sejam indissociáveis, essa subdivisão constitui um importante recurso metodológico, que viabiliza a realização da pesquisa. No entanto, para que se obtenha êxito em um trabalho científico, além de sua operacionalização, é preciso que a pesquisa seja calcada em sólidas bases teórico-conceituais e abrangente diálogo com os agentes da produção do espaço.