Lara Mundim Moreira, Pablo Castanho, M. L. T. Moretto
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Abstract
Em uma instituição de saúde, é possível encontrar certa especificidade nas trocas que acontecem para além de prontuários e reuniões formais. Tais interações, que ocorrem nos denominados espaços intersticiais, constituem terreno fértil ao comparecimento de elementos e posições inviabilizadas na lógica discursiva engendrada nos espaços formais da instituição. Desta forma, convém ao psicanalista não só a escuta daquilo que é próprio de tais espaços, como também que esteja advertido dos riscos que eles comportam por favorecerem processos de homogeneização de discursividades. Encontramos na proposta da transferência de trabalho e no dispositivo do cartel uma aposta no sentido de favorecer o trabalho do psicanalista em sua vertente institucional e sustentar uma espécie de incompletude fazendo frente àquilo que, diante das incertezas e angústias do trabalho, caminha rumo à homogeneização inviabilizadora do caso.