{"title":"A VIVENTE QUE GERA VIDA: ANALOGIA ENTRE O CORPO FEMININO E OS MISTÉRIOS DA CRIAÇÃO","authors":"M.C.L Bingemer","doi":"10.20911/21768757v53n3p553/2021","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"No presente artigo, se levanta a hipótese de que é possível pensar teologicamente a corporeidade da terra em analogia com a corporeidade da mulher. Em um primeiro momento, se critica alguns elementos dualistas que marcaram a linguagem teológica. Em seguida, se apresenta a teologia cristã da criação como processo que inclui a perspectiva de gênero; depois, se reflete sobre a terra como corpo da criação. Passa-se, em seguida, a examinar a corporeidade da mulher em dois sentidos: sua abertura e receptividade e sua capacidade de repartir-se e distribuir-se para alimentar a outros. O texto evolui na direção de afirmar que essa analogia pode gerar uma mística e uma ética: permite contemplar o mistério da terra e do feminino ao mesmo tempo em que reverencia e protege sua vulnerabilidade; privilegia o cuidado da vida e a volta à casa materna e comum que é a terra. Nessa última parte do texto, se trabalha com alguns extratos de textos da filósofa e mística francesa Simone Weil. A conclusão levanta algumas pistas teológicas para a superação do antropocentrismo que tem agredido a terra e a mulher neste momento histórico.","PeriodicalId":53827,"journal":{"name":"Perspectiva Teologica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.3000,"publicationDate":"2021-12-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Perspectiva Teologica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20911/21768757v53n3p553/2021","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"RELIGION","Score":null,"Total":0}
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Abstract
No presente artigo, se levanta a hipótese de que é possível pensar teologicamente a corporeidade da terra em analogia com a corporeidade da mulher. Em um primeiro momento, se critica alguns elementos dualistas que marcaram a linguagem teológica. Em seguida, se apresenta a teologia cristã da criação como processo que inclui a perspectiva de gênero; depois, se reflete sobre a terra como corpo da criação. Passa-se, em seguida, a examinar a corporeidade da mulher em dois sentidos: sua abertura e receptividade e sua capacidade de repartir-se e distribuir-se para alimentar a outros. O texto evolui na direção de afirmar que essa analogia pode gerar uma mística e uma ética: permite contemplar o mistério da terra e do feminino ao mesmo tempo em que reverencia e protege sua vulnerabilidade; privilegia o cuidado da vida e a volta à casa materna e comum que é a terra. Nessa última parte do texto, se trabalha com alguns extratos de textos da filósofa e mística francesa Simone Weil. A conclusão levanta algumas pistas teológicas para a superação do antropocentrismo que tem agredido a terra e a mulher neste momento histórico.