Délio Reis Matos de Aquino, Lúcia Helena Alfaia de Barros
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Abstract
A partir de fontes literárias, o objetivo primordial deste artigo é analisar elementos culturais e do trabalho dos indígenas entre 1698 -1763, no espaço onde está a atual cidade de Óbidos-Pará. A base documental é a literatura do período, com ênfase no diário do Bispo Queirós, 1762/63. A documentação reunida sobre o “Forte Pauxis”, mais tarde vila de Óbidos – crônicas, cartas, diários, documentos estatais - permitiu uma confrontação metodológica crítica, uma análise bibliográfica dos elementos descritivos de fragmentos do passado, suas evidências e conexões de múltiplos elementos entrelaçados nas narrativas. A interpretação da cultura e a etnografia do cotidiano forneceu maior compreensão dos discursos narrativos, assim como a observação dos “esquecimentos” de fatos históricos passados viabilizaram a apresentação de resultados peculiares sobre o trabalho, as tecnologias, usos florísticos e faunísticos para medicina e alimento dos povos originários naquele período. Além das referências às características dos rios, a potabilidade das águas para consumo humano, os documentos apresentam novos conhecimentos socioambientais, revelam inéditas informações de sujeitos históricos, a exemplo das mulheres e dos negros, além da produção/consumo do açaí na Óbidos oitocentista, imprescindíveis ao emprego no ensino/aprendizagem da disciplina História de Óbidos, componente curricular do Ensino Fundamental no município.