{"title":"Conhecimento técnico, redes de circulação e identidade","authors":"Juliana De Resende Machado","doi":"10.22562/2022.57.03","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Ao longo do século XIX, etnólogos e viajantes registraram a utilização de grandes adornos labiais em quartzo entre diferentes grupos indígenas na região do médio Araguaia e médio Xingu. Este artigo foi construído com dados da literatura etnohistórica, de registros museográficos e da análise tecnológica de alguns adornos etnográficos. De acordo com a bibliografia, os Tapirapé, o único grupo tupi daquela região, produziam esses adornos e os trocavam com seus vizinhos Karajá, Kayapó e Xavante, falantes de línguas Jê. Ao evidenciar tais dados, o objetivo é levantar e valorizar dados etnohistóricos e etnográficos que contextualizem esses adornos labiais a respeito do saber técnico mobilizado durante a cadeia operatória de produção, da rede de trocas na qual eles estavam envolvidos e do papel que tinham na construção da identidade cultural dos diferentes grupos sociais.","PeriodicalId":33856,"journal":{"name":"Cadernos do CEOM","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos do CEOM","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22562/2022.57.03","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Ao longo do século XIX, etnólogos e viajantes registraram a utilização de grandes adornos labiais em quartzo entre diferentes grupos indígenas na região do médio Araguaia e médio Xingu. Este artigo foi construído com dados da literatura etnohistórica, de registros museográficos e da análise tecnológica de alguns adornos etnográficos. De acordo com a bibliografia, os Tapirapé, o único grupo tupi daquela região, produziam esses adornos e os trocavam com seus vizinhos Karajá, Kayapó e Xavante, falantes de línguas Jê. Ao evidenciar tais dados, o objetivo é levantar e valorizar dados etnohistóricos e etnográficos que contextualizem esses adornos labiais a respeito do saber técnico mobilizado durante a cadeia operatória de produção, da rede de trocas na qual eles estavam envolvidos e do papel que tinham na construção da identidade cultural dos diferentes grupos sociais.