{"title":"REDES SOCIOTÉCNICAS E CONTROVÉRSIAS NA REDAÇÃO DE NOTÍCIAS POR ROBÔS // SOCIOTECHNICAL NETWORKS AND CONTROVERSIES IN NEWS WRITTEN BY ROBOTS","authors":"C. D'Andréa, S. Dalben","doi":"10.9771/1809-9386CONTEMPORANEA.V15I1.21412","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Nos ultimos anos, algumas empresas jornalisticas adotaram softwares de Natural Language Generation (NLG) para produzir conteudos automatizados em coberturas de financas, esportes, eleicoes, crimes, terremotos, fenomeno este denominado Jornalismo Automatizado (GRAEFE, 2016) ou Jornalismo Algoritmico (DORR, 2015). Partindo de um ponto de vista simetrico e nao-antropocentrico para observar os agenciamentos entre atores humanos e nao-humanos, como defendido pela Teoria Ator-Rede (LATOUR, 1992, 1994, 2000), este artigo pretende apresentar e problematizar duas das redes sociotecnicas que se articulam em torno do jornalismo automatizado. Uma primeira rede, em geral mais visivel, se efetiva a partir da mobilizacao dos atores em torno da controversia desencadeada pela publicacao dos textos escritos por bots, motivada principalmente por uma possivel substituicao de jornalistas por robos-redatores. Em geral menos evidente, uma segunda rede se revela no complexo processo de producao de noticias automatizadas que envolvem atores humanos – programadores, jornalistas, empreendedores – e nao-humanos – algoritmos, banco de dados, computadores. Esta analise considera que os reporteres-robos nao eliminam, mas modificam o trabalho dos jornalistas, desafiando-os a se adaptarem para lidar com os dados de uma nova forma e a se familiarizarem com linguagens de programacao.","PeriodicalId":30190,"journal":{"name":"Contemporanea Revista de Comunicacao e Cultura","volume":"15 1","pages":"118-140"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2017-06-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"3","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Contemporanea Revista de Comunicacao e Cultura","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.9771/1809-9386CONTEMPORANEA.V15I1.21412","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Nos ultimos anos, algumas empresas jornalisticas adotaram softwares de Natural Language Generation (NLG) para produzir conteudos automatizados em coberturas de financas, esportes, eleicoes, crimes, terremotos, fenomeno este denominado Jornalismo Automatizado (GRAEFE, 2016) ou Jornalismo Algoritmico (DORR, 2015). Partindo de um ponto de vista simetrico e nao-antropocentrico para observar os agenciamentos entre atores humanos e nao-humanos, como defendido pela Teoria Ator-Rede (LATOUR, 1992, 1994, 2000), este artigo pretende apresentar e problematizar duas das redes sociotecnicas que se articulam em torno do jornalismo automatizado. Uma primeira rede, em geral mais visivel, se efetiva a partir da mobilizacao dos atores em torno da controversia desencadeada pela publicacao dos textos escritos por bots, motivada principalmente por uma possivel substituicao de jornalistas por robos-redatores. Em geral menos evidente, uma segunda rede se revela no complexo processo de producao de noticias automatizadas que envolvem atores humanos – programadores, jornalistas, empreendedores – e nao-humanos – algoritmos, banco de dados, computadores. Esta analise considera que os reporteres-robos nao eliminam, mas modificam o trabalho dos jornalistas, desafiando-os a se adaptarem para lidar com os dados de uma nova forma e a se familiarizarem com linguagens de programacao.