{"title":"“Entre rostos”: a transfiguração da aparência no autorretrato em diálogo com Cindy Sherman","authors":"R. Schraiber, R. Minuzzi","doi":"10.5965/2175234615362023e0012","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo discute-se a transfiguração da aparência nos autorretratos da série “Entre Rostos”, em um diálogo com as obras da artista Cindy Sherman, como problemática de pesquisa. O objetivo é analisar, nessa transfiguração, como o referente, ou seja, o rosto, se comporta na modificação das aparências. A abordagem metodológica do processo criativo está embasada nas três dimensões de Rey (2002), sendo a abstrata, a prática e a da obra em processo. A partir da série resultante de autorretratos faz-se uma análise estabelecendo relações com as obras de Sherman. Os resultados mostram que a transfiguração da aparência e o disforme ocultam o \"referente do artista\" (seu rosto), produzindo uma beleza de outra ordem pela qual se manifesta o \"referente de artista\" (modo específico do artista transfigurar seu rosto no autorretrato). Conclusivamente, percebe-se que o primeiro referente se camufla com uma segunda identidade, que é sua tanto quanto a primeira, e que só é revelada quando essa se empenha na sua transfiguração.","PeriodicalId":33720,"journal":{"name":"Palindromo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-05-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Palindromo","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5965/2175234615362023e0012","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Neste artigo discute-se a transfiguração da aparência nos autorretratos da série “Entre Rostos”, em um diálogo com as obras da artista Cindy Sherman, como problemática de pesquisa. O objetivo é analisar, nessa transfiguração, como o referente, ou seja, o rosto, se comporta na modificação das aparências. A abordagem metodológica do processo criativo está embasada nas três dimensões de Rey (2002), sendo a abstrata, a prática e a da obra em processo. A partir da série resultante de autorretratos faz-se uma análise estabelecendo relações com as obras de Sherman. Os resultados mostram que a transfiguração da aparência e o disforme ocultam o "referente do artista" (seu rosto), produzindo uma beleza de outra ordem pela qual se manifesta o "referente de artista" (modo específico do artista transfigurar seu rosto no autorretrato). Conclusivamente, percebe-se que o primeiro referente se camufla com uma segunda identidade, que é sua tanto quanto a primeira, e que só é revelada quando essa se empenha na sua transfiguração.