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Abstract
Neste artigo postulo a “virada pos-colonial” como um movimento que nao se limita ao debate epistemologico nem a construcao estetica do texto. Argumento que seu diferencial esta na centralidade que da ao que chamo “conhecimento-testemunho” mediante a experiencia de um trauma coletivo: o colonialismo-racismo. Assim, suas categorias sao formuladas a partir de outros lugares de fala, que sao, sobretudo, “lugares de afetos”. No dialogo com a “virada afetiva”, explano acerca das trajetorias iconicas de Frantz Fanon e Edward Said, evidenciando as experiencias do exilio, da diaspora e da hibridez que configuram, nos termos de Raymond Williams, a especial estrutura de sentimentos a impregnar tais producoes intelectuais. O retorno aos autores fundantes do pos-colonial permite, portanto, extrair provocacoes que promovem a vitalidade da virada pos-colonial, corroborando a sua atualidade.