{"title":"Por signos, performances e corporalidades","authors":"João Paulo Da Silva","doi":"10.14393/rfadir-51.1.2023.68270.581-602","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Se os supermercados apresentam-se como uma invenção da modernidade e insurge-se, primeiramente, nos países mais poderosos economicamente, para depois, expandir-se a nível global (o primeiro supermercado brasileiro surgiu no Rio de Janeiro), assim como a premissa dos tempos modernos, onde há dominantes e dominados, em sua evolução, houve também a sua estratificação para atender públicos distintos, tendo por critério o poderio econômico.O presente estudo teve por escopo empreender etnografia em dois supermercados, de uma rede tida como de alto padrão econômico, situado nos dois bairros com os metros quadrados mais caros da cidade de Teresina - Piauí, por 14 (quatorze) dias consecutivos, em horários distintos e, por meio de observação da sociabilidade do local, identificar qual era as “cores” e “perfis” daqueles que consumiam em comparação a quem compunha a força de trabalho do local. Ciente de que a racialidade, nascida do projeto colonizatório europeu onde pessoas não brancas foram definidas como inferiores, por critérios de dominação e exploração, ainda perdura no mundo pelos reflexos da colonialidade, o presente estudo objetivou fazer diálogos de raça e classe a partir do constatado em campo em conjunto com arcabouço teórico de autores contra-coloniais como Dussel, Quijano, Mbembe. Como resultado, considerando que supermercados são espaços onde o poder se exerce incluindo e excluindo indivíduos, e que em nosso país, a racialidade é subproduto da manutenção de desigualdades sociais, pois ainda são as pessoas brancas detentoras da maior parte da “riqueza” e do poder em sociedade, constatou-se, em todos os dias, que, em maioria, eram os componentes da branquitude que atuavam no papel de consumidores e pessoas pretas e pardas as que compunha a equipe de trabalhadores no Pão de Mel.","PeriodicalId":52774,"journal":{"name":"Revista da Faculdade de Direito da Universidade de Uberlandia","volume":"68 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-08-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista da Faculdade de Direito da Universidade de Uberlandia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14393/rfadir-51.1.2023.68270.581-602","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Se os supermercados apresentam-se como uma invenção da modernidade e insurge-se, primeiramente, nos países mais poderosos economicamente, para depois, expandir-se a nível global (o primeiro supermercado brasileiro surgiu no Rio de Janeiro), assim como a premissa dos tempos modernos, onde há dominantes e dominados, em sua evolução, houve também a sua estratificação para atender públicos distintos, tendo por critério o poderio econômico.O presente estudo teve por escopo empreender etnografia em dois supermercados, de uma rede tida como de alto padrão econômico, situado nos dois bairros com os metros quadrados mais caros da cidade de Teresina - Piauí, por 14 (quatorze) dias consecutivos, em horários distintos e, por meio de observação da sociabilidade do local, identificar qual era as “cores” e “perfis” daqueles que consumiam em comparação a quem compunha a força de trabalho do local. Ciente de que a racialidade, nascida do projeto colonizatório europeu onde pessoas não brancas foram definidas como inferiores, por critérios de dominação e exploração, ainda perdura no mundo pelos reflexos da colonialidade, o presente estudo objetivou fazer diálogos de raça e classe a partir do constatado em campo em conjunto com arcabouço teórico de autores contra-coloniais como Dussel, Quijano, Mbembe. Como resultado, considerando que supermercados são espaços onde o poder se exerce incluindo e excluindo indivíduos, e que em nosso país, a racialidade é subproduto da manutenção de desigualdades sociais, pois ainda são as pessoas brancas detentoras da maior parte da “riqueza” e do poder em sociedade, constatou-se, em todos os dias, que, em maioria, eram os componentes da branquitude que atuavam no papel de consumidores e pessoas pretas e pardas as que compunha a equipe de trabalhadores no Pão de Mel.
超市是怎么发明了现代和受到威胁,最强大的国家,在经济上,然后,全球扩张(一分之一在里约热内卢巴西超市出现),就像现代的前提,哪里有变动,他们,在他们的进化,也有分层的接不同的公共准则的经济主权。范围进行人种学的研究有两个超市,认为网络经济的高标准,坐落在两个社区和更贵的城市面积的巴西,巴西,连续十四(14)天,观察在不同的时间,通过社会性的位置,确定什么是“丝带”和“面”的人相比,消耗的力量谁创作的工作现场。意识到欧洲法案racialidade生于colonizatório人们低的玫瑰被定义为标准的控制和剥削,世界上的人的反应colonialidade,本研究俄罗斯做对话的种族和阶级的根本没有在战场上与作者的理论框架对生活Mbembe杜塞尔,奎克。结果,而超市是空间是包括和不包括个体的力量,在我们国家,racialidade是维护社会不平等的副产品,因为大部分仍是白人的“财富”,在社会力量,结果发现,在每天的大部分时间,他们是白人的组成部分,扮演着消费者的角色,黑人和棕色人种组成了pao de Mel的工人团队。