{"title":"ARTIGO - A AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL PARTICIPATIVA DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL E A CORRESPONSABILIDADE DOS EDUCADORES","authors":"Meire Festa, M. Pinazza","doi":"10.1590/0102-469839321","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"RESUMO: Este artigo refere-se a alguns dos dados de uma pesquisa de caráter exploratório, que teve como tema a implementação de Autoavaliação Institucional Participativa (AIP), como política pública de avaliação da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino da cidade de São Paulo-SP, entre 2013 e 2016. O estudo de caso envolveu profissionais de 1869 unidades educacionais e buscou analisar o processo da AIP sob a ótica dos participantes (FESTA, 2019). Nesta oportunidade, pretende-se focalizar os depoimentos dos educadores a questionário e a entrevista semiestruturada, retratando como eles, à época, concebiam a questão da corresponsabilidade na qualificação das ações cotidianas de suas respectivas instituições, visto que a perspectiva de transformação se constitui parte fundante da AIP (SORDI, 2010; SORDI; SOUZA, 2012; FREITAS, 2016; MORO, 2017). A pesquisa demonstrou a resistência dos profissionais, de várias instituições e de diferentes instâncias administrativas, em assumir a posição de responsabilização pessoal pela qualificação do atendimento às crianças e às famílias (CAMPOS; RIBEIRO, 2016, 2017). Trouxe, ainda, elementos que indicaram a dificuldade dos educadores em realizar uma análise verdadeiramente crítica de suas práticas pedagógicas (OLIVEIRA-FORMOSINHO; KISHIMOTO, 2002; FREIRE, 1996), delegando a outros atores ou atribuindo a fatores externos a possibilidade de realizar as transformações concretas julgadas necessárias. Em conclusão, os dados produzidos indicaram a necessidade de, a partir da AIP, estabelecer metas comuns pertinentes, cuja execução seja de responsabilidade individual, mas também coletivamente assumidas e que estejam intencionalmente articuladas ao Projeto Político-Pedagógico de cada instituição (FREITAS, 2005, 2016).","PeriodicalId":34106,"journal":{"name":"Educacao em Revista","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-03-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Educacao em Revista","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/0102-469839321","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
RESUMO: Este artigo refere-se a alguns dos dados de uma pesquisa de caráter exploratório, que teve como tema a implementação de Autoavaliação Institucional Participativa (AIP), como política pública de avaliação da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino da cidade de São Paulo-SP, entre 2013 e 2016. O estudo de caso envolveu profissionais de 1869 unidades educacionais e buscou analisar o processo da AIP sob a ótica dos participantes (FESTA, 2019). Nesta oportunidade, pretende-se focalizar os depoimentos dos educadores a questionário e a entrevista semiestruturada, retratando como eles, à época, concebiam a questão da corresponsabilidade na qualificação das ações cotidianas de suas respectivas instituições, visto que a perspectiva de transformação se constitui parte fundante da AIP (SORDI, 2010; SORDI; SOUZA, 2012; FREITAS, 2016; MORO, 2017). A pesquisa demonstrou a resistência dos profissionais, de várias instituições e de diferentes instâncias administrativas, em assumir a posição de responsabilização pessoal pela qualificação do atendimento às crianças e às famílias (CAMPOS; RIBEIRO, 2016, 2017). Trouxe, ainda, elementos que indicaram a dificuldade dos educadores em realizar uma análise verdadeiramente crítica de suas práticas pedagógicas (OLIVEIRA-FORMOSINHO; KISHIMOTO, 2002; FREIRE, 1996), delegando a outros atores ou atribuindo a fatores externos a possibilidade de realizar as transformações concretas julgadas necessárias. Em conclusão, os dados produzidos indicaram a necessidade de, a partir da AIP, estabelecer metas comuns pertinentes, cuja execução seja de responsabilidade individual, mas também coletivamente assumidas e que estejam intencionalmente articuladas ao Projeto Político-Pedagógico de cada instituição (FREITAS, 2005, 2016).