Renata Borges Kempf, L. M. Góes, J. Wedig, Carolina dos Anjos de Borba
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Abstract
A imposição do colonialismo e da colonialidade de raça, gênero e classe é marcada pela violência e pelo genocídio-epistemicídio sobre os povos da América Latina desde o final do século 15 e início do século 16. Essas relações de poder são perpetuadas pelas narrativas e práticas desenvolvimentistas euro-nortecentradas que classificam hierarquicamente os outros povos, definindo-os como subdesenvolvidos. Contrapondo-se a essa lógica, os feminismos do Sul apresentam alternativas ao desenvolvimento por meio de propostas descolonizadoras. O presente artigo propõe-se a mostrar de que modo o feminismo comunitário – mobilizado pelas teorias e práticas de mulheres indígenas – emerge como uma dessas experiências críticas ao desenvolvimento por meio de ações de corpos e saberes latino-americanos. As resistências efetuadas por essas mulheres ampliam as lutas feministas contra-hegemônicas e anticapitalistas, que visam o rompimento com a ideologia do desenvolvimento.