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Abstract
O Maranhão é conhecido como principal centro de preservação da cultura jeje-dahomeana do Brasil, embora a maioria dos terreiros de mina reproduza principalmente o modelo da Casa de Nagô e não o da Casa das Minas (jeje). A primeira, apesar de tradicionalista e fundada por africanas, distancia-se do candomblé da Bahia e goza de menor prestígio do que a Casa das Minas. Os outros terreiros da capital maranhense que cultuam entidades africanas originaram-se direta ou indiretamente da Casa de Nagô ou de terreiros de outras “nações” já desaparecidos. Os demais terreiros de São Luís foram abertos para entidades espirituais não africanas (caboclas), principalmente por curadores ou pajés, geralmente procurando fugir à discriminação de que eram alvo. Apesar da Casa das Minas não ter autorizado o funcionamento ou reconhecido outra casa mina-jeje, alguns terreiros de mina que também cultuam voduns do Daomé, procuram se legitimar no campo religioso afro-brasileiro afirmando possuir alguma ligação com ela ou com suas fundadoras africanas. Nesse trabalho se analisa a construção da identidade jeje da Casa Fanti-Ashanti e o filme documentário Atlântico Negro - Na rota dos orixás, de Renato Barbieri, onde ela é apresentada como a representante da cultura do Dahomé no Brasil.
maranhao被认为是巴西jeje-dahomeana文化的主要保护中心,尽管大多数terreiros de mina主要复制nago的房子模型,而不是Casa das Minas (jeje)。前者虽然是传统主义者,由非洲人创立,但远离巴伊亚的candomble,享有比Casa das Minas更低的声望。maranhao首都的其他寺庙崇拜非洲实体,直接或间接地起源于纳戈之家或其他已经消失的“国家”的寺庙。sao luis的其他terreiros向非非洲精神实体(caboclas)开放,主要是由治疗师或牧师,通常是为了逃避他们受到的歧视。尽管Casa das Minas没有授权运营或承认另一个Casa mina-jeje,但一些也崇拜达荷美伏都教的mina terreiros试图在非裔巴西人宗教领域合法化,声称与它或它的非洲创始人有某种联系。本作品分析了Casa Fanti- ashanti的jeje身份建构和Renato Barbieri的纪录片atlantico Negro - Na rota dos orixas,在那里她被呈现为巴西dahome文化的代表。