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Abstract
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) adentra os projetos e políticas educacionais difundidas no Brasil, contribuindo para a ascensão da lógica neoliberal na educação. Nesse viés, este artigo de abordagem qualitativa e análise documental tem como objetivo discutir as relações estabelecidas entre as políticas de avaliação no Brasil, os Organismos Internacionais, e a cultura da performatividade oriunda dessas relações. Nesse sentido, a accountability educacional, em voga em vários países, ganha cada vez mais espaço, ao operacionalizar e integrar a concepção de avaliação, prestação de contas e responsabilização. O conceito de performatividade abordado no texto descreve a cultura da performatividade como a busca pelos desempenhos, invadindo e transformando as individualidades e subjetividades do professor, da educação e da sociedade. Como resultados, destaca-se o forte papel da OCDE como organismo transnacional impactando nas políticas nacionais e na produção de uma transformação e uniformização do conceito de qualidade educativa. Para concluir, o texto propõe a busca por alternativas para pensar uma corresponsabilidade de todos os envolvidos no processo educativo e na reafirmação do papel do professor e da escola pública em um projeto de responsabilização participativa, democrática e de qualidade negociada.