Pub Date : 2023-05-26DOI: 10.24140/issn.1645-7250.rle59.02
A. I. Madeira
Neste artigo proponho uma reflexão sobre o modo como as questões educativas foram pensadas em Portugal recorrendo a comparações a partir de exemplos com origem em contextos internacionais, entre finais do século XVIII e meados do século XX. O texto defende que a consagração da educação comparada como campo de investigação (e intervenção) é em si mesmo o resultado de um projecto cultural translocal assente numa forma política específica, o Estado-nação, e num modelo de incorporação educativa universal, a escola de massas. A discussão desenvolve-se a quatro tempos. No primeiro tempo discutem-se os ecos do estrangeiro durante o Iluminismo português (sécs. XVIII e XIX); num segundo tempo são os relatos de viagem e as missões ao estrangeiro que nos sinalizam as sociedades de referência para a construção do sistema educativo nacional (finais do séc. XIX – anos 30); num terceiro momento, a internacionalização da questão educativa nas colónias portuguesas aborda a questão das redes de regulação supra-nacionais das políticas imperiais; finalmente (1950-1974), identificam-se momentos de viragem na política educativa no sentido da sua integração em organismos que comparam o desempenho educativo ao nível supra-nacional, reforçando a centralidade politico-económica da educação.
{"title":"Dos “ecos do estrangeiro” à internacionalização da educação: Dinâmicas comparativas em Portugal (séculos XVIII – XX)","authors":"A. I. Madeira","doi":"10.24140/issn.1645-7250.rle59.02","DOIUrl":"https://doi.org/10.24140/issn.1645-7250.rle59.02","url":null,"abstract":"Neste artigo proponho uma reflexão sobre o modo como as questões educativas foram pensadas em Portugal recorrendo a comparações a partir de exemplos com origem em contextos internacionais, entre finais do século XVIII e meados do século XX. O texto defende que a consagração da educação comparada como campo de investigação (e intervenção) é em si mesmo o resultado de um projecto cultural translocal assente numa forma política específica, o Estado-nação, e num modelo de incorporação educativa universal, a escola de massas. A discussão desenvolve-se a quatro tempos. No primeiro tempo discutem-se os ecos do estrangeiro durante o Iluminismo português (sécs. XVIII e XIX); num segundo tempo são os relatos de viagem e as missões ao estrangeiro que nos sinalizam as sociedades de referência para a construção do sistema educativo nacional (finais do séc. XIX – anos 30); num terceiro momento, a internacionalização da questão educativa nas colónias portuguesas aborda a questão das redes de regulação supra-nacionais das políticas imperiais; finalmente (1950-1974), identificam-se momentos de viragem na política educativa no sentido da sua integração em organismos que comparam o desempenho educativo ao nível supra-nacional, reforçando a centralidade politico-económica da educação.","PeriodicalId":39972,"journal":{"name":"Revista Lusofona de Educacao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69111072","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-26DOI: 10.24140/issn.1645-7250.rle59.05
A. Freitas
Desde a invenção da imprensa de carateres móveis que os livros apresentam ornamentos, imitando, embora modestamente, as iluminuras dos livros manuscritos medievais. Alguns até apresentam várias ilustrações, como a Crónica do imperador Vespasiano. Tal facto não é de espantar, já que a descoberta da xilogravura e da calcogravura precedeu a da tipografia. Do mesmo modo, a ilustração acompanha, desde muito cedo, as obras para crianças, porquanto já nos Dialogos de preceitos moráes cõ prática delles, em módo de iogo de João de Barros (1540) se ensinavam as virtudes às crianças através de ilustrações. Também a literatura popular, vulgo folhetos de cordel, recorreu à utilização de gravuras. Na verdade, muitas das histórias desses folhetos, umas ligadas ao ciclo bretão ou carolíngio, outras à Legenda Aurea, à sátira ou às Relações dos naufrágios das naus da Índia (cujo sucesso se terá prolongado na Nau Catrineta), aos contos tradicionais, circularam depois sob a forma de letras de fados ou como folhetos lidos pelo povo e pelas crianças. Este tipo de literatura subsistiu entre nós até, pelo menos, aos anos 90 do século XX, sob a forma de livros para crianças. Eram edições tão despojadas que, curiosamente, mais parecem herdeiras destes folhetos, como é o caso de A donzela Teodora, A Princesa Magalona, João de Calais..., do que precursoras dos bem cuidados, bem ilustrados livros da atual Literatura Infantil.
自20世纪90年代末以来,该公司一直在开发一种新的、更轻、更轻、更轻的发动机。有些甚至有各种各样的插图,比如维斯帕先皇帝的编年史。这并不奇怪,因为木刻和凹版印刷的发现先于印刷术的发现。同样地,插图从很小的时候就伴随着儿童的作品,因为在joao de Barros(1540)的modo de iogo中,已经在对话moraes戒律co pratica delles中通过插图教导儿童美德。通俗文学,俗称cordel小册子,也使用了雕刻。事实上,很多故事的传单,但有人由英国周期或其他关键prius,讽刺或印度船只失事的关系(长时间的成功将会在船Catrineta),传统的故事,流传形式的字母后的命运或者传单合人民和孩子们。这种类型的文学至少在20世纪90年代以儿童读物的形式存在于我们中间。奇怪的是,他们似乎是这些小册子的继承人,就像少女西奥多拉、玛格隆公主、加来的约翰……,而不是今天儿童文学中保存完好、插图精美的书籍的先驱。
{"title":"Dos folhetos de cordel à literatura infantil","authors":"A. Freitas","doi":"10.24140/issn.1645-7250.rle59.05","DOIUrl":"https://doi.org/10.24140/issn.1645-7250.rle59.05","url":null,"abstract":"Desde a invenção da imprensa de carateres móveis que os livros apresentam ornamentos, imitando, embora modestamente, as iluminuras dos livros manuscritos medievais. Alguns até apresentam várias ilustrações, como a Crónica do imperador Vespasiano. Tal facto não é de espantar, já que a descoberta da xilogravura e da calcogravura precedeu a da tipografia. Do mesmo modo, a ilustração acompanha, desde muito cedo, as obras para crianças, porquanto já nos Dialogos de preceitos moráes cõ prática delles, em módo de iogo de João de Barros (1540) se ensinavam as virtudes às crianças através de ilustrações. Também a literatura popular, vulgo folhetos de cordel, recorreu à utilização de gravuras. Na verdade, muitas das histórias desses folhetos, umas ligadas ao ciclo bretão ou carolíngio, outras à Legenda Aurea, à sátira ou às Relações dos naufrágios das naus da Índia (cujo sucesso se terá prolongado na Nau Catrineta), aos contos tradicionais, circularam depois sob a forma de letras de fados ou como folhetos lidos pelo povo e pelas crianças. Este tipo de literatura subsistiu entre nós até, pelo menos, aos anos 90 do século XX, sob a forma de livros para crianças. Eram edições tão despojadas que, curiosamente, mais parecem herdeiras destes folhetos, como é o caso de A donzela Teodora, A Princesa Magalona, João de Calais..., do que precursoras dos bem cuidados, bem ilustrados livros da atual Literatura Infantil.","PeriodicalId":39972,"journal":{"name":"Revista Lusofona de Educacao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69111262","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-26DOI: 10.24140/issn.1645-7250.rle59.07
R. Normand
L’enquête PISA peut être considérée comme un paradigme promu par l’OCDE qui donne lieu à de multiples traductions et transferts politiques dans les contextes nationaux. L’article explore les assemblages politiques et la gouvernance épistémique qui ont permis la réception de PISA dans le système éducatif français. Il montre que les formes d’autorité épistémique transposant le paradigme PISA relaient les savoirs experts circulant dans l’espace international mais qu’elles entretiennent aussi un imaginaire politique et un grand récit républicain. Sont d’abord présentés les espaces d’intérêt et associations politiques entre différents acteurs nationaux investis dans le transfert et l’hybridation de ces savoirs confectionnés autour de PISA. L’article cherche ensuite à caractériser quelques porte-parole influents dans la production et la traduction de ces savoirs dans un agenda politique réformateur à la française.
{"title":"La transposition du paradigme PISA en France. Des formes d’autorité épistémique à l’ombre de l’État républicain","authors":"R. Normand","doi":"10.24140/issn.1645-7250.rle59.07","DOIUrl":"https://doi.org/10.24140/issn.1645-7250.rle59.07","url":null,"abstract":"L’enquête PISA peut être considérée comme un paradigme promu par l’OCDE qui donne lieu à de multiples traductions et transferts politiques dans les contextes nationaux. L’article explore les assemblages politiques et la gouvernance épistémique qui ont permis la réception de PISA dans le système éducatif français. Il montre que les formes d’autorité épistémique transposant le paradigme PISA relaient les savoirs experts circulant dans l’espace international mais qu’elles entretiennent aussi un imaginaire politique et un grand récit républicain. Sont d’abord présentés les espaces d’intérêt et associations politiques entre différents acteurs nationaux investis dans le transfert et l’hybridation de ces savoirs confectionnés autour de PISA. L’article cherche ensuite à caractériser quelques porte-parole influents dans la production et la traduction de ces savoirs dans un agenda politique réformateur à la française.","PeriodicalId":39972,"journal":{"name":"Revista Lusofona de Educacao","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47665181","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-26DOI: 10.24140/issn.1645-7250.rle59.12
Beatriz Borges de Carvalho, Soraya Maria Romano Pacífico, Thaís Silva Marinheiro de Paula
Este artigo analisa discursos sobre a reorganização escolar, na etapa da Educação Infantil, realizada pela Secretaria Municipal de Educação (SME) do município brasileiro de Ribeirão Preto, no início de 2022. A investigação realizada apoiou-se no quadro teórico-metodológico de análise do discurso construído pelo investigador francês Michel Pêcheux, no final da década de 1960, teoria que, no Brasil, foi utilizada, em particular, nos trabalhos de Eni Orlandi. Nesta abordagem discursiva a língua é marcada pela história e pela ideologia, ou seja, embora a língua seja a mesma para todos, não é utilizada da mesma maneira, já que o lugar social que cada locutor ocupa interfere na produção de sentidos. O discurso é efeito de sentidos que são construídos pelos interlocutores de acordo com certas condições de produção, entendidas como as circunstâncias de um discurso, a relação dos interlocutores na luta de classes e o contexto social e histórico. A partir deste quadro teórico e conceptual, analisámos os discursos produzidos pela SME, pelo Ministério Público e por meios de comunicação social, com o objetivo de compreender como a reorganização escolar da Educação Infantil foi construída no discurso de diferentes sujeitos. Os resultados dessa análise indicam que o sujeito-professor foi silenciado pela SME e que o sujeito-criança não é concebido como um sujeito-aluno que deve ter garantido o direito a uma educação pública de qualidade.
{"title":"Discurso e silêncio na (re) organização da Educação Infantil Municipal em Ribeirão Preto","authors":"Beatriz Borges de Carvalho, Soraya Maria Romano Pacífico, Thaís Silva Marinheiro de Paula","doi":"10.24140/issn.1645-7250.rle59.12","DOIUrl":"https://doi.org/10.24140/issn.1645-7250.rle59.12","url":null,"abstract":"Este artigo analisa discursos sobre a reorganização escolar, na etapa da Educação Infantil, realizada pela Secretaria Municipal de Educação (SME) do município brasileiro de Ribeirão Preto, no início de 2022. A investigação realizada apoiou-se no quadro teórico-metodológico de análise do discurso construído pelo investigador francês Michel Pêcheux, no final da década de 1960, teoria que, no Brasil, foi utilizada, em particular, nos trabalhos de Eni Orlandi. Nesta abordagem discursiva a língua é marcada pela história e pela ideologia, ou seja, embora a língua seja a mesma para todos, não é utilizada da mesma maneira, já que o lugar social que cada locutor ocupa interfere na produção de sentidos. O discurso é efeito de sentidos que são construídos pelos interlocutores de acordo com certas condições de produção, entendidas como as circunstâncias de um discurso, a relação dos interlocutores na luta de classes e o contexto social e histórico. A partir deste quadro teórico e conceptual, analisámos os discursos produzidos pela SME, pelo Ministério Público e por meios de comunicação social, com o objetivo de compreender como a reorganização escolar da Educação Infantil foi construída no discurso de diferentes sujeitos. Os resultados dessa análise indicam que o sujeito-professor foi silenciado pela SME e que o sujeito-criança não é concebido como um sujeito-aluno que deve ter garantido o direito a uma educação pública de qualidade.","PeriodicalId":39972,"journal":{"name":"Revista Lusofona de Educacao","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49612818","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-26DOI: 10.24140/issn.1645-7250.rle59.03
Elsa Maria Salvador, N. Fernandes, L. Tivana, M. Mendonça, E. Mandlate, M. Eduardo, Filomena dos Anjos, T. Magaia, Rui Raice, Amina Saibo Pereira, O. Nipassa
O presente trabalho pretende descrever o processo de elaboração do primeiro currículo do Mestrado em Ciências de Nutrição no modelo de aprendizagem baseado em problemas (PBL) na Universidade Eduardo Mondlane. Argumenta-se que, embora seja complexo e exigente, a elaboração e implementação do currículo no modelo PBL, se afiguram necessárias e adequadas para minimizar problemas reais de alimentação e nutrição que afectam o quotidiano da população moçambicana. A elaboração do currículo teve a duração de dois anos e recorreu a métodos participativos que envolveram onze docentes de sete faculdades da Universidade Eduardo Mondlane, realização de consultas aos stakeholders, capacitação da comissão de desenvolvimento do currículo, participação em workshops, reuniões virtuais alargadas e encontros presenciais em pequenos grupos. Foram entrevistados 90 stakeholders de diferentes instituições, exercício que permitiu a definição do perfil profissional ideal para os mestres em ciências de nutrição no país. As reuniões virtuais, com facilitadores das Universidades de Maastricht e de Wageningen, ambas do Reino dos Países Baixos, resultaram na aquisição de conhecimento e habilidades necessários para o desenho do currículo e posterior implementação nos termos do modelo de aprendizagem baseado em problemas. As reuniões presenciais em pequenos grupos serviram para discussão e concertação de ideias que se afiguraram cruciais para os módulos que estavam a ser desenhados. Finalmente, os workshops permitiram um intenso trabalho que culminou com a elaboração integral do currículo e subsequente aprovação pelos órgãos colegiais da Universidade Eduardo Mondlane.
{"title":"Primeiro mestrado em PBL na Universidade Eduardo Mondlane, Maputo- Moçambique: experiências e desafios","authors":"Elsa Maria Salvador, N. Fernandes, L. Tivana, M. Mendonça, E. Mandlate, M. Eduardo, Filomena dos Anjos, T. Magaia, Rui Raice, Amina Saibo Pereira, O. Nipassa","doi":"10.24140/issn.1645-7250.rle59.03","DOIUrl":"https://doi.org/10.24140/issn.1645-7250.rle59.03","url":null,"abstract":"O presente trabalho pretende descrever o processo de elaboração do primeiro currículo do Mestrado em Ciências de Nutrição no modelo de aprendizagem baseado em problemas (PBL) na Universidade Eduardo Mondlane. Argumenta-se que, embora seja complexo e exigente, a elaboração e implementação do currículo no modelo PBL, se afiguram necessárias e adequadas para minimizar problemas reais de alimentação e nutrição que afectam o quotidiano da população moçambicana. A elaboração do currículo teve a duração de dois anos e recorreu a métodos participativos que envolveram onze docentes de sete faculdades da Universidade Eduardo Mondlane, realização de consultas aos stakeholders, capacitação da comissão de desenvolvimento do currículo, participação em workshops, reuniões virtuais alargadas e encontros presenciais em pequenos grupos. Foram entrevistados 90 stakeholders de diferentes instituições, exercício que permitiu a definição do perfil profissional ideal para os mestres em ciências de nutrição no país. As reuniões virtuais, com facilitadores das Universidades de Maastricht e de Wageningen, ambas do Reino dos Países Baixos, resultaram na aquisição de conhecimento e habilidades necessários para o desenho do currículo e posterior implementação nos termos do modelo de aprendizagem baseado em problemas. As reuniões presenciais em pequenos grupos serviram para discussão e concertação de ideias que se afiguraram cruciais para os módulos que estavam a ser desenhados. Finalmente, os workshops permitiram um intenso trabalho que culminou com a elaboração integral do currículo e subsequente aprovação pelos órgãos colegiais da Universidade Eduardo Mondlane.","PeriodicalId":39972,"journal":{"name":"Revista Lusofona de Educacao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69111135","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-26DOI: 10.24140/issn.1645-7250.rle59.06
Luís Manuel Bernardo, Daniel Bart, Teresa Teixeira Lopo
Apresentação do Dossier: Discursos institucionais de autoridade sobre a Escola e os sistemas educativos: circulação e (re)produção de sentidos na investigação em educação
档案介绍:关于学校和教育系统的权威机构话语:教育研究中意义的流通和(再)生产
{"title":"Nota Introdutória","authors":"Luís Manuel Bernardo, Daniel Bart, Teresa Teixeira Lopo","doi":"10.24140/issn.1645-7250.rle59.06","DOIUrl":"https://doi.org/10.24140/issn.1645-7250.rle59.06","url":null,"abstract":"Apresentação do Dossier: Discursos institucionais de autoridade sobre a Escola e os sistemas educativos: circulação e (re)produção de sentidos na investigação em educação","PeriodicalId":39972,"journal":{"name":"Revista Lusofona de Educacao","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134922886","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-26DOI: 10.24140/issn.1645-7250.rle59.09
Edson Cordeiro dos Santos, Maria Fernanda Rezende Nunes, Stephani Oliveira Coelho
O reconhecimento, pela Organização Mundial da Saúde, da pandemia causada pela Covid-19, em março de 2020, impediu o acesso dos estudantes às escolas brasileiras. Com o fechamento físico dos estabelecimentos de ensino, muitos gestores municipais enviaram materiais de apoio pedagógico para as crianças e suas famílias. De acordo com a análise dialógica realizada neste estudo, os discursos institucionais levados a cabo por esses gestores e os discursos pronunciados por meio dos próprios materiais de apoio pedagógico, reproduzem um embate de muitas vozes sociais e podem ter efeitos de sentido bem diferentes. Este artigo trata das relações entre políticas de Estado e políticas de governo a partir de ações referentes à Educação Infantil implementadas por gestores municipais no decurso da pandemia. O corpus dos materiais de apoio pedagógico foi constituído a partir de websites e redes oficiais de compartilhamento de secretarias de educação de uma amostra de 17 municípios do Rio de Janeiro e organizado num banco de imagens. A análise dos materiais, que se restringiu a sete municípios, permitiu compreender melhor o que foi produzido para as crianças pela política municipal e ainda que, em geral, as políticas implementadas são as políticas do governo, que os documentos nacionais são pouco indutores da elaboração dos materiais pedagógicos e que as responsabilidades de gestão são ambíguas.
{"title":"Educação Infantil nos municípios do Rio de Janeiro durante a pandemia: ambivalência das ações de gestão","authors":"Edson Cordeiro dos Santos, Maria Fernanda Rezende Nunes, Stephani Oliveira Coelho","doi":"10.24140/issn.1645-7250.rle59.09","DOIUrl":"https://doi.org/10.24140/issn.1645-7250.rle59.09","url":null,"abstract":"O reconhecimento, pela Organização Mundial da Saúde, da pandemia causada pela Covid-19, em março de 2020, impediu o acesso dos estudantes às escolas brasileiras. Com o fechamento físico dos estabelecimentos de ensino, muitos gestores municipais enviaram materiais de apoio pedagógico para as crianças e suas famílias. De acordo com a análise dialógica realizada neste estudo, os discursos institucionais levados a cabo por esses gestores e os discursos pronunciados por meio dos próprios materiais de apoio pedagógico, reproduzem um embate de muitas vozes sociais e podem ter efeitos de sentido bem diferentes. Este artigo trata das relações entre políticas de Estado e políticas de governo a partir de ações referentes à Educação Infantil implementadas por gestores municipais no decurso da pandemia. O corpus dos materiais de apoio pedagógico foi constituído a partir de websites e redes oficiais de compartilhamento de secretarias de educação de uma amostra de 17 municípios do Rio de Janeiro e organizado num banco de imagens. A análise dos materiais, que se restringiu a sete municípios, permitiu compreender melhor o que foi produzido para as crianças pela política municipal e ainda que, em geral, as políticas implementadas são as políticas do governo, que os documentos nacionais são pouco indutores da elaboração dos materiais pedagógicos e que as responsabilidades de gestão são ambíguas.","PeriodicalId":39972,"journal":{"name":"Revista Lusofona de Educacao","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48908318","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-26DOI: 10.24140/issn.1645-7250.rle59.10
K. Mahmoudi
Cet article prend appui sur une recherche doctorale qui porte sur l’usage de la formule «former l’esprit critique» (Eduscol, 2016) dans les discours institutionnels en contexte français. Il ambitionne d’interroger les modalités de construction de l’autorité dans ces discours. En quoi l’usage de cet objet de discours qu’est la formule contribue-t-il à construire puis à forger la légitimité des discours institutionnels? Une analyse qualitative d’un corpus de plus de trois cents textes institutionnels français met au jour les stratégies rhétoriques et discursives des locuteurs qui participent de la construction d’un ethos d’autorité. Après avoir circonscrit l’objet «discours institutionnels» et précisé la méthodologie d’analyse du corpus, les signes inscrits dans la matérialité des textes institutionnels seront mis en exergue ainsi que les manifestations de l’autorité qui émanent de l’usage en discours de la formule. Une autorité qui repose également sur la fonction du locuteur, de celui qui porte la parole au nom de l’institution et incarne, à ce titre, son autorité et sa légitimité.
{"title":"La formule «former l’esprit critique»: Signes et figures de l’autorité dans les discours institutionnels","authors":"K. Mahmoudi","doi":"10.24140/issn.1645-7250.rle59.10","DOIUrl":"https://doi.org/10.24140/issn.1645-7250.rle59.10","url":null,"abstract":"Cet article prend appui sur une recherche doctorale qui porte sur l’usage de la formule «former l’esprit critique» (Eduscol, 2016) dans les discours institutionnels en contexte français. Il ambitionne d’interroger les modalités de construction de l’autorité dans ces discours. En quoi l’usage de cet objet de discours qu’est la formule contribue-t-il à construire puis à forger la légitimité des discours institutionnels? Une analyse qualitative d’un corpus de plus de trois cents textes institutionnels français met au jour les stratégies rhétoriques et discursives des locuteurs qui participent de la construction d’un ethos d’autorité. Après avoir circonscrit l’objet «discours institutionnels» et précisé la méthodologie d’analyse du corpus, les signes inscrits dans la matérialité des textes institutionnels seront mis en exergue ainsi que les manifestations de l’autorité qui émanent de l’usage en discours de la formule. Une autorité qui repose également sur la fonction du locuteur, de celui qui porte la parole au nom de l’institution et incarne, à ce titre, son autorité et sa légitimité.","PeriodicalId":39972,"journal":{"name":"Revista Lusofona de Educacao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69111321","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-26DOI: 10.24140/issn.1645-7250.rle59.01
Carlinda Leite, P. Marinho, Fátima Sousa-Pereira
Reconhecendo ser importante que futuros educadores e professores, durante a formação inicial, vivenciem experiências profissionais, devidamente acompanhados, que prepararem para a profissão, o artigo dá conta de um estudo que traz ao debate perceções de professores cooperantes (PC) sobre o modelo de formação e condições que têm para realizar a função. Recorrendo a entrevistas semiestruturadas a PC que colaboram na formação de docentes de diferentes níveis de escolaridade, o estudo responde às perguntas de investigação: que perceções têm PC sobre as condições que a formação inicial oferece para a socialização com a profissão? que relações se estabelecem entre instituições de ensino superior (IES) e Escolas/PC? que perceções têm PC sobre a adequação do perfil que possuem para o exercício das funções que devem realizar? A análise de conteúdo das entrevistas permite tecer as seguintes considerações: o tempo de estágio é curto para a preparação profissional, embora a formação assegure uma boa preparação teórica; as relações de pertença às IES influenciam a aceitação do cargo, apesar de não usufruírem de condições para o exercer; em muitos casos, as IES não estabelecem relações fortes e articuladas com os PC; os PC consideram ter perfil adequado à função, seja adquirido por investimento pessoal, pela experiência da função ou pelas oportunidades de formação que as IES oferecem.
{"title":"Os professores cooperantes na formação inicial de futuros docentes","authors":"Carlinda Leite, P. Marinho, Fátima Sousa-Pereira","doi":"10.24140/issn.1645-7250.rle59.01","DOIUrl":"https://doi.org/10.24140/issn.1645-7250.rle59.01","url":null,"abstract":"Reconhecendo ser importante que futuros educadores e professores, durante a formação inicial, vivenciem experiências profissionais, devidamente acompanhados, que prepararem para a profissão, o artigo dá conta de um estudo que traz ao debate perceções de professores cooperantes (PC) sobre o modelo de formação e condições que têm para realizar a função. Recorrendo a entrevistas semiestruturadas a PC que colaboram na formação de docentes de diferentes níveis de escolaridade, o estudo responde às perguntas de investigação: que perceções têm PC sobre as condições que a formação inicial oferece para a socialização com a profissão? que relações se estabelecem entre instituições de ensino superior (IES) e Escolas/PC? que perceções têm PC sobre a adequação do perfil que possuem para o exercício das funções que devem realizar? A análise de conteúdo das entrevistas permite tecer as seguintes considerações: o tempo de estágio é curto para a preparação profissional, embora a formação assegure uma boa preparação teórica; as relações de pertença às IES influenciam a aceitação do cargo, apesar de não usufruírem de condições para o exercer; em muitos casos, as IES não estabelecem relações fortes e articuladas com os PC; os PC consideram ter perfil adequado à função, seja adquirido por investimento pessoal, pela experiência da função ou pelas oportunidades de formação que as IES oferecem.","PeriodicalId":39972,"journal":{"name":"Revista Lusofona de Educacao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69111061","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-26DOI: 10.24140/issn.1645-7250.rle59.08
Anabela Grifo, João Lourenço Marques
A par com outras instituições internacionais, a União Europeia (UE) difunde um discurso educativo que privilegia uma abordagem economicista, especialmente desde a Estratégia de Lisboa. Não dispondo de poder legislativo nesta matéria, instrumentos como a Estratégia Educação e Formação e a Política de Coesão permitem à UE promover um alinhamento dos Estados. Em contexto de governação multinível e de descentralização de competências, importa interrogar de que modo os municípios recebem e incorporam as orientações e o discurso europeu. Neste estudo foi realizada uma análise de conteúdo dos instrumentos de política educativa local de 10 municípios portugueses. Os resultados evidenciam uma europeização algo tímida, na medida em que, por um lado, o discurso de autoridade nacional permanece dominante e, por outro lado, as entidades locais traçam um caminho que atende a necessidades territoriais além da economia. A monitorização aparenta constituir o prolongamento mais evidente das orientações procedimentais europeias, ainda que nem sempre concretizada em indicadores objetivos. A educação instrumentalizada a favor do emprego e da competitividade económica permeia parte do discurso, mas é equilibrada por uma ênfase mais forte nas matérias de inclusão e cidadania. Ademais, a proximidade da governação local permite que o trabalho em rede e o envolvimento da comunidade constituam traços marcantes na estratégia, ainda que secundarizados no discurso europeu.
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