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Abstract
O objetivo deste trabalho será apresentar o nascimento da prisão feminina no Brasil através do estudo de caso da Escola de Reforma, de modo a verificar as condicionantes que contribuíram para o surgimento desta instituição enquanto modelo prisional administrado pela congregação de freiras do Bom Pastor. Para tanto, as fontes que respaldam esta pesquisa foram múltiplas. A metodologia utilizada foi a análise documental através da pesquisa qualitativa de análise de conteúdo e discurso. O trabalho irá analisar o nascimento da prisão feminina a partir dos seus opressores morais – igreja, estado e sociedade –, que buscaram traçar um perfil de comportamento para as mulheres daquele contexto na tentativa de excluir da sociedade os comportamentos desviantes. Conclui-se que desde o nascimento da primeira prisão feminina no Brasil, estado, sociedade e igreja foram agentes que moldaram comportamentos no intuito de determinar papeis às mulheres, travestidos com a ideia de fazer o bem através da “ressocialização e preservação da moral”.