F. M. D. Souza, Marcelo Resquetti Tarifa, Luiz Panhoca
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Abstract
Objetivo do estudo: Este estudo analisa as mudanças de disclosures ambientais em empresas mineradoras de capital aberto, listadas na BMF&BOVESPA após o rompimento da barragem de Mariana, em 2015.Metodologia/abordagem: Foi realizada uma análise de conteúdo nas demonstrações financeiras e relatórios de sustentabilidade de empresas mineradoras com ações listadas na BMF&BOVESPA, entre 2014 a 2016. A variável disclosure ambiental foi dividida em sete categorias, conforme propõem Heflin & Wallace (2011).Originalidade/Relevância: Este estudo é relevante ao trazer a discussão sobre se desastres ambientais, tais como o rompimento da Barragem de Fundão, podem aumentar a informação ao investidor a respeito do potencial para outro acidente dentro do setor da mineração brasileira. Inova ao adaptar o modelo proposto por Heflin & Wallace (2011) ao contexto brasileiro.Principais resultados: Os resultados empíricos revelam que as empresas mineradoras pesquisadas, com passivos ambientais, utilizam-se de estratégias de Gerenciamento de Impressões para divulgações de seus impactos ambientais. As estratégias utilizadas pelas empresas são a ocultação e atribuição a fatores externos, apresentando desta forma um discurso enviesado e seletivo sobre seus impactos ambientais.Contribuições teóricas/metodológicas: Este estudo contribui para a literatura de divulgação ambiental e fornece insights sobre a discussão a respeito da gestão ambiental sob a perspectiva do disclosure ambiental de empresas de mineração brasileiras.Conclusão: Conclui-se que as empresas mineradoras pesquisadas não aumentaram a sua divulgação ambiental após o rompimento da barragem da companhia mineradora Samarco, em 2015.