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Abstract
Desde sua institucionalização nos anos 1970, um dos primeiros desafios que a disciplina Historiografia Linguística (HL) teve que enfrentar foi distinguir-se dos outros modelos de história da linguística então em circulação. O primeiro ponto a resolver era a definição de um método próprio, explícito e tão rigoroso quanto aqueles utilizados pela(s) ciência(s) que tomou por objeto. Com este propósito, era inevitável que a jovem HL se perguntasse quais outras metadisciplinas, mais amadurecidas na reflexão dos seus métodos e epistemologia poderiam servir de guia para o historiógrafo no encalço da sua especificidade. De fato, sem esperar que um framework pronto caísse em nossos colos, muitos de nós, então aspirantes à prática historiográfica, trouxemos para nossas historiografias (e ainda o fazemos) parte do instrumental proposto pela História e pela Filosofia da Ciência, entre outras. O presente texto, tendo como pano de fundo os tipos de historiografias da Linguística e da Filosofia, discutidos por Koerner (1974), Simone (1975), e Rorty (1998 [1984]), defende o ponto de vista de que a HL deva se integrar ao campo que lhe serve de objeto, i.e., à teoria linguística, e não constituir um domínio à parte. Para isso, é desejável que, na reflexão sobre a evolução do conhecimento linguístico, continue a fazer parte do diálogo com as metadisciplinas científicas que compartilham de parte do seu interesse, notadamente, a História da Ciência e a Filosofia da Linguística.