{"title":"Hiperescritas de si, currículos insurgentes e educação online: modos de fabular as docências na pandemia (e além dela)","authors":"Leonardo Nolasco Silva, Tania Lucía Maddalena","doi":"10.9771/re.v11i1.45542","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"No contexto da pandemia causada pelo novo coronavírus (SARS-COV-2), propomos pensar a potência das narrativas digitais produzidas e compartilhadas no ciberespaço, entendendo-as como registros históricos que narram experiências, dores, modos de viver o isolamento físico (ou de não o praticar) e uma variedade de complexas e intensas emoções experimentadas pela humanidade no último ano. A partir de uma cartografia digital realizada em/com uma amostra dessas narrativas online, discutiremos a noção de redes educativas (ALVES, 2015) como espaçostempos de formação contínua, costurados por currículos não institucionais, praticados na/com a cibercultura (SANTOS, 2011). O presente artigo tem como objetivo principal apresentar e discutir o conceito de hiperescritas de si (MADDALENA, 2018) – escritas autobiográficas fundadas na hipermídia – como práticas de criação de memórias singulares a combater os perigos de uma história única (ADICHIE, 2009). As hiperescritas de si produzem outras presencialidades, sentidos e conhecimentos, expandem as formas de sociabilidade e pluralizam as vozes nos temposespaços de narrativas em disputa. A partir dessas escritas, praticadas e partilhadas na pandemia, pretende-se pensar a ficção como tática de (re) existência e de insurgência contra o que está posto enquanto ameaça à vida, à diferença e à democracia. À título de recorte, apresentaremos uma experiência de currículo praticado no Ensino Remoto Emergencial, na plataforma Moodle, desenhada com estudantes do curso de Pedagogia da UERJ, no segundo semestre de 2020, tendo a ficção como ponto de partida do desenho didático.","PeriodicalId":30568,"journal":{"name":"Revista Entreideias Educacao Cultura e Sociedade","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Entreideias Educacao Cultura e Sociedade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.9771/re.v11i1.45542","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
No contexto da pandemia causada pelo novo coronavírus (SARS-COV-2), propomos pensar a potência das narrativas digitais produzidas e compartilhadas no ciberespaço, entendendo-as como registros históricos que narram experiências, dores, modos de viver o isolamento físico (ou de não o praticar) e uma variedade de complexas e intensas emoções experimentadas pela humanidade no último ano. A partir de uma cartografia digital realizada em/com uma amostra dessas narrativas online, discutiremos a noção de redes educativas (ALVES, 2015) como espaçostempos de formação contínua, costurados por currículos não institucionais, praticados na/com a cibercultura (SANTOS, 2011). O presente artigo tem como objetivo principal apresentar e discutir o conceito de hiperescritas de si (MADDALENA, 2018) – escritas autobiográficas fundadas na hipermídia – como práticas de criação de memórias singulares a combater os perigos de uma história única (ADICHIE, 2009). As hiperescritas de si produzem outras presencialidades, sentidos e conhecimentos, expandem as formas de sociabilidade e pluralizam as vozes nos temposespaços de narrativas em disputa. A partir dessas escritas, praticadas e partilhadas na pandemia, pretende-se pensar a ficção como tática de (re) existência e de insurgência contra o que está posto enquanto ameaça à vida, à diferença e à democracia. À título de recorte, apresentaremos uma experiência de currículo praticado no Ensino Remoto Emergencial, na plataforma Moodle, desenhada com estudantes do curso de Pedagogia da UERJ, no segundo semestre de 2020, tendo a ficção como ponto de partida do desenho didático.