{"title":"SAÚDE MENTAL E QUALIDADE DE VIDA DE ESTUDANTES DE MEDICINA DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA BRASILEIRA","authors":"Graziella Lage Oliveira, Adalgisa Peixoto Ribeiro","doi":"10.14393/hygeia1966292","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Problemas de saúde mental em estudantes de medicina afetam o desempenho acadêmico, levam ao abandono e à avaliação negativa do curso e influenciam a vida profissional futura. Objetivou-se estimar a prevalência de problemas de saúde mental e a percepção de qualidade de vida, segundo ciclos do curso. Realizou-se um inquérito epidemiológico, no qual os 1.980 estudantes de graduação em medicina da Universidade Federal de Minas Gerais foram convidados. Em 2018, os estudantes responderam o questionário online (Google Forms), contendo informações sociodemográficas, relacionadas ao curso, comportamentos, saúde mental e qualidade de vida. Realizou-se análise descritiva e comparativa, de acordo com os ciclos (Básico, Teórico-prático e Clínico), por meio do Qui-quadrado de Pearson e ANOVA. A taxa de resposta foi de 74,2% (n=1.470). Depressão (42,8%), ansiedade (19,4%), alterações no sono (70,0%) e pior percepção de qualidade de vida foram mais prevalentes no ciclo Básico; consumo de álcool e de ansiolíticos nos ciclos Teórico-prático (88,3%; 23,5%) e Clínico (86,5%; 27,9%). Maiores prevalências de problemas de saúde mental e pior percepção de qualidade de vida nos dois primeiros anos do curso médico mostram a necessidade de ofertar apoio psicológico aos recém-chegados à universidade, além de melhorar o ambiente educacional.","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"32 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-06-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14393/hygeia1966292","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Problemas de saúde mental em estudantes de medicina afetam o desempenho acadêmico, levam ao abandono e à avaliação negativa do curso e influenciam a vida profissional futura. Objetivou-se estimar a prevalência de problemas de saúde mental e a percepção de qualidade de vida, segundo ciclos do curso. Realizou-se um inquérito epidemiológico, no qual os 1.980 estudantes de graduação em medicina da Universidade Federal de Minas Gerais foram convidados. Em 2018, os estudantes responderam o questionário online (Google Forms), contendo informações sociodemográficas, relacionadas ao curso, comportamentos, saúde mental e qualidade de vida. Realizou-se análise descritiva e comparativa, de acordo com os ciclos (Básico, Teórico-prático e Clínico), por meio do Qui-quadrado de Pearson e ANOVA. A taxa de resposta foi de 74,2% (n=1.470). Depressão (42,8%), ansiedade (19,4%), alterações no sono (70,0%) e pior percepção de qualidade de vida foram mais prevalentes no ciclo Básico; consumo de álcool e de ansiolíticos nos ciclos Teórico-prático (88,3%; 23,5%) e Clínico (86,5%; 27,9%). Maiores prevalências de problemas de saúde mental e pior percepção de qualidade de vida nos dois primeiros anos do curso médico mostram a necessidade de ofertar apoio psicológico aos recém-chegados à universidade, além de melhorar o ambiente educacional.