Rafael Ramalho Cunha e Silva, Beatriz Fátima Alves de Oliveira, André Sobral
Objetivo: O objetivo desse estudo foi investigar a relação da febre amarela - FA - com o clima e o ambiente, no processo epidêmico-epizoótico de 2016-2018 ocorrido na região Sudeste brasileira. Métodos: A análise dos dados foi realizada por meio de quatro abordagens: análise espacial da situação epidemiológica; clusters de casos humanos e espacialização das epizootias nos mesmos; identificação de fatores ambientais e climáticos; e a correlação do risco relativo dos clusters e os fatores identificados. Resultados: No período estudado, a maioria dos casos positivos da doença ocorreu no estado de Minas Gerais seguido por São Paulo. Os clusters foram detectados nos anos de 2017 e 2018. O período de estudo apresentou os maiores valores de temperatura e os menores de precipitação em comparação ao período climatológico de 20 anos de análise. A sazonalidade marca o padrão temporal da doença, onde a maioria dos casos ocorre entre dezembro e maio, além disso, surtos ocorrem com periodicidade irregular, quando o vírus encontra condições favoráveis para a transmissão. O espaço se encontra em transformação constante, onde o uso e cobertura do solo possui a maior porcentagem ligada às áreas rurais, seguido das áreas florestais. Os resultados mostraram uma correlação entre o risco relativo dos clusters como fatores ambientais e climáticos. Conclusão: Os resultados apontam para a correlação dos fatores climáticos e ambientais, junto com a presença de vetores e primatas não-humanos - PNHs - geraram um cenário de vulnerabilidade para a região Sudeste, no qual deve-se avaliar planos em relação a saúde pública para a vacinação da população e controle dos vetores urbanos, que podem fazer com que a FA urbana reemerja.
{"title":"INVESTIGAÇÃO DO PROCESSO EPIDÊMICO-EPIZOÓTICO DA FEBRE AMARELA NO SUDESTE BRASILEIRO NO PERÍODO DE 2016-2018","authors":"Rafael Ramalho Cunha e Silva, Beatriz Fátima Alves de Oliveira, André Sobral","doi":"10.14393/hygeia1967184","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/hygeia1967184","url":null,"abstract":"Objetivo: O objetivo desse estudo foi investigar a relação da febre amarela - FA - com o clima e o ambiente, no processo epidêmico-epizoótico de 2016-2018 ocorrido na região Sudeste brasileira. Métodos: A análise dos dados foi realizada por meio de quatro abordagens: análise espacial da situação epidemiológica; clusters de casos humanos e espacialização das epizootias nos mesmos; identificação de fatores ambientais e climáticos; e a correlação do risco relativo dos clusters e os fatores identificados. Resultados: No período estudado, a maioria dos casos positivos da doença ocorreu no estado de Minas Gerais seguido por São Paulo. Os clusters foram detectados nos anos de 2017 e 2018. O período de estudo apresentou os maiores valores de temperatura e os menores de precipitação em comparação ao período climatológico de 20 anos de análise. A sazonalidade marca o padrão temporal da doença, onde a maioria dos casos ocorre entre dezembro e maio, além disso, surtos ocorrem com periodicidade irregular, quando o vírus encontra condições favoráveis para a transmissão. O espaço se encontra em transformação constante, onde o uso e cobertura do solo possui a maior porcentagem ligada às áreas rurais, seguido das áreas florestais. Os resultados mostraram uma correlação entre o risco relativo dos clusters como fatores ambientais e climáticos. Conclusão: Os resultados apontam para a correlação dos fatores climáticos e ambientais, junto com a presença de vetores e primatas não-humanos - PNHs - geraram um cenário de vulnerabilidade para a região Sudeste, no qual deve-se avaliar planos em relação a saúde pública para a vacinação da população e controle dos vetores urbanos, que podem fazer com que a FA urbana reemerja.","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"41 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"77668520","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Os episódios de Ondas de Frio, no município de Ituiutaba, trazem consequências a saúde da população, bem como no sistema de atendimentos a pacientes, na rede municipal de saúde. Estes eventos climáticos são considerados como extremos, pois extrapola o esperado para o período no ano. A saúde é compreendida, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) como um estado de completo bem-estar físico, psíquico e social e não meramente a ausência de enfermidade. Diante desse cenário esse estudo teve como objetivo principal analisar a ocorrência de ondas de frio e sua influência nos atendimentos de Infartos Agudos do Miocárdio – IAM, no município de Ituiutaba – MG. Para tanto, foram utilizados dados da estação automática, pertencente ao INMET – Instituto Nacional de Meteorologia, para o ano de 2019. Para determinar as Ondas de Frio, utilizou-se o percentil 5 como parâmetro e, os dados de atendimentos foram adquiridos junto às Secretaria Municipal de Saúde do município. Observou-se, que durante as duas ondas de frio ocorridas no ano de 2019, teve-se um aumento significativo nos atendimentos por infarto, chegando a aproximadamente 64%. A relação das temperaturas mínimas com a velocidade do vento alta e umidade relativa do ar baixa foram cruciais para este aumento nos casos de atendimentos por infarto agudo do miocárdio no município.
{"title":"A RELAÇÃO DAS ONDAS DE FRIO COM A INCIDÊNCIA DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM) EM ITUIUTABA - MG: ESTUDO DE CASO DO ANO DE 2019","authors":"C. O. Silva, R. A. Costa","doi":"10.14393/hygeia1966999","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/hygeia1966999","url":null,"abstract":"Os episódios de Ondas de Frio, no município de Ituiutaba, trazem consequências a saúde da população, bem como no sistema de atendimentos a pacientes, na rede municipal de saúde. Estes eventos climáticos são considerados como extremos, pois extrapola o esperado para o período no ano. A saúde é compreendida, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) como um estado de completo bem-estar físico, psíquico e social e não meramente a ausência de enfermidade. Diante desse cenário esse estudo teve como objetivo principal analisar a ocorrência de ondas de frio e sua influência nos atendimentos de Infartos Agudos do Miocárdio – IAM, no município de Ituiutaba – MG. Para tanto, foram utilizados dados da estação automática, pertencente ao INMET – Instituto Nacional de Meteorologia, para o ano de 2019. Para determinar as Ondas de Frio, utilizou-se o percentil 5 como parâmetro e, os dados de atendimentos foram adquiridos junto às Secretaria Municipal de Saúde do município. Observou-se, que durante as duas ondas de frio ocorridas no ano de 2019, teve-se um aumento significativo nos atendimentos por infarto, chegando a aproximadamente 64%. A relação das temperaturas mínimas com a velocidade do vento alta e umidade relativa do ar baixa foram cruciais para este aumento nos casos de atendimentos por infarto agudo do miocárdio no município.","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"3 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"78935550","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Considerando que diversas doenças/infecções assolam a população brasileira desde a chegada dos portugueses ao “novo continente”, o presente trabalho tem como objetivo demonstrar a forte correlação entre a aceleração do processo de globalização e a chegada de diversas pandemias ao Brasil, em especial o HIV/AIDS, doença que na década de 1980 era chamada de “peste gay” e foi responsável pela estigmatização da homossexualidade masculina. Ao longo do tempo, muitas conquistas foram obtidas pelos movimentos sociais, como o tratamento do HIV e a difusão de informações legítimas sobre o HIV/AIDS, uma vez que a infecção/doença impacta toda a sociedade. Apesar disso, dias difíceis tomam conta do país, ameaçando a existência do SUS e a oferta gratuita de medicamentos pré e pós-exposição ao vírus. Como materiais e métodos, destacamos a revisão bibliográfica com a presença de triangulação de métodos, observando os olhares dos pesquisadores sobre o fenômeno a partir de mais de um ângulo, método de revisão de literatura de cunho sistemático, coletando dados e salientando evidências a respeito do cenário do HIV/AIDS no Brasil e, por fim, traçamos uma análise documental de cunho historiográfico que ampara esta pesquisa e contribui de forma substancial para a construção teórico-metodológica deste artigo. Logo, como resultados, percebe-se que desde o Brasil Colônia a globalização de doenças tem acometido milhares de pessoas e que, ainda hoje, após 40 anos do primeiro caso de HIV/AIDS, a culpabilidade tem sido profundamente direcionada para determinados grupos sociais.
{"title":"DA GLOBALIZAÇÃO DE INFECÇÕES/DOENÇAS AO ESTIGMA: O HIV AO SUL DO EQUADOR","authors":"Jeziel Silveira Silva, I. I. Pimentel","doi":"10.14393/hygeia1966815","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/hygeia1966815","url":null,"abstract":"Considerando que diversas doenças/infecções assolam a população brasileira desde a chegada dos portugueses ao “novo continente”, o presente trabalho tem como objetivo demonstrar a forte correlação entre a aceleração do processo de globalização e a chegada de diversas pandemias ao Brasil, em especial o HIV/AIDS, doença que na década de 1980 era chamada de “peste gay” e foi responsável pela estigmatização da homossexualidade masculina. Ao longo do tempo, muitas conquistas foram obtidas pelos movimentos sociais, como o tratamento do HIV e a difusão de informações legítimas sobre o HIV/AIDS, uma vez que a infecção/doença impacta toda a sociedade. Apesar disso, dias difíceis tomam conta do país, ameaçando a existência do SUS e a oferta gratuita de medicamentos pré e pós-exposição ao vírus. Como materiais e métodos, destacamos a revisão bibliográfica com a presença de triangulação de métodos, observando os olhares dos pesquisadores sobre o fenômeno a partir de mais de um ângulo, método de revisão de literatura de cunho sistemático, coletando dados e salientando evidências a respeito do cenário do HIV/AIDS no Brasil e, por fim, traçamos uma análise documental de cunho historiográfico que ampara esta pesquisa e contribui de forma substancial para a construção teórico-metodológica deste artigo. Logo, como resultados, percebe-se que desde o Brasil Colônia a globalização de doenças tem acometido milhares de pessoas e que, ainda hoje, após 40 anos do primeiro caso de HIV/AIDS, a culpabilidade tem sido profundamente direcionada para determinados grupos sociais.","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"395 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76623562","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Rodrigo Cardoso dos Santos, Andrezza Marques Duque, Júlia Guimarães Fernandes Costa
Objetivos: Os objetivos do estudo foram avaliar a distribuição espacial dos indicadores de incapacidade funcional e vulnerabilidade social em idosos brasileiros nos anos de 2003, 2008 e 2013 e verificar a dependência espacial entre os indicadores de incapacidade funcional no ano de 2013. Método: Estudo ecológico, com análise espacial da incapacidade funcional de idosos e vulnerabilidade social no Brasil nos períodos de 2003, 2008 e 2013. Foram coletados indicadores oriundos do Sistema de Indicadores de Saúde e Acompanhamento de Políticas do Idoso e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. A análise dos dados foi procedida pelos softwares JASP, TerraView e QGIS, com a apresentação da dependência pelo LISA. Resultados: Evidenciou-se o protagonismo das regiões Norte e Nordeste com as maiores proporções de incapacidade funcional e vulnerabilidade social. A dependência espacial exibiu áreas de clusters Alto-Alto concentrados no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Conclusão: Há disparidades regionais na distribuição espacial dos indicadores, com prevalência de incapacidade funcional no Nordeste e Centro-Oeste, e manutenção de iniquidades historicamente estabelecidas e macrodeterminadas.
{"title":"ANÁLISE ESPACIAL DA INCAPACIDADE FUNCIONAL E VULNERABILIDADE SOCIAL EM IDOSOS BRASILEIROS: UM ESTUDO ECOLÓGICO","authors":"Rodrigo Cardoso dos Santos, Andrezza Marques Duque, Júlia Guimarães Fernandes Costa","doi":"10.14393/hygeia1966656","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/hygeia1966656","url":null,"abstract":"Objetivos: Os objetivos do estudo foram avaliar a distribuição espacial dos indicadores de incapacidade funcional e vulnerabilidade social em idosos brasileiros nos anos de 2003, 2008 e 2013 e verificar a dependência espacial entre os indicadores de incapacidade funcional no ano de 2013. Método: Estudo ecológico, com análise espacial da incapacidade funcional de idosos e vulnerabilidade social no Brasil nos períodos de 2003, 2008 e 2013. Foram coletados indicadores oriundos do Sistema de Indicadores de Saúde e Acompanhamento de Políticas do Idoso e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. A análise dos dados foi procedida pelos softwares JASP, TerraView e QGIS, com a apresentação da dependência pelo LISA. Resultados: Evidenciou-se o protagonismo das regiões Norte e Nordeste com as maiores proporções de incapacidade funcional e vulnerabilidade social. A dependência espacial exibiu áreas de clusters Alto-Alto concentrados no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Conclusão: Há disparidades regionais na distribuição espacial dos indicadores, com prevalência de incapacidade funcional no Nordeste e Centro-Oeste, e manutenção de iniquidades historicamente estabelecidas e macrodeterminadas.","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"231 1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"72777602","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Fabiana de Melo Tenório, José Lidemberg de Sousa Lopes
A dengue é atualmente uma das arboviroses de maior impacto na saúde pública do mundo. Uma doença que tem como fonte de transmissão o mosquito Aedes aegypti, seu principal vetor, de origem africana, que se espalhou pelo mundo através das grandes navegações, tendo como habitat o meio urbano, que fornece elementos geográficos essenciais para a dispersão da doença. O objetivo deste trabalho concentrou-se em realizar uma análise sobre a distribuição espacial e temporal da dengue nos 40 bairros da cidade de Arapiraca, no agreste alagoano, entre o período de 2016 a 2020. Utilizando a compreensão da distribuição espacial e temporal, investigou-se como essa doença se comporta na cidade e quais os principais fatores epidemiológicos que fazem da dengue uma epidemia explosiva em quase todos os anos deste estudo. Para isso, elaboraram-se mapas que serviram para apontar a situação de vulnerabilidade da doença na cidade, ilustrando os Índices de Infestação Predial (IIP) nos bairros da zona urbana e a evolução dos casos durante os episódios analisados anualmente, adquiridos por meio dos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Setor de Vigilância Epidemiológica e do Centro de Controle de Zoonoses do município.
{"title":"A DENGUE: RETRATO DE SUA INCIDÊNCIA ENTRE 2016 A 2020 NA CIDADE DE ARAPIRACA EM ALAGOAS, BRASIL","authors":"Fabiana de Melo Tenório, José Lidemberg de Sousa Lopes","doi":"10.14393/hygeia1966605","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/hygeia1966605","url":null,"abstract":"A dengue é atualmente uma das arboviroses de maior impacto na saúde pública do mundo. Uma doença que tem como fonte de transmissão o mosquito Aedes aegypti, seu principal vetor, de origem africana, que se espalhou pelo mundo através das grandes navegações, tendo como habitat o meio urbano, que fornece elementos geográficos essenciais para a dispersão da doença. O objetivo deste trabalho concentrou-se em realizar uma análise sobre a distribuição espacial e temporal da dengue nos 40 bairros da cidade de Arapiraca, no agreste alagoano, entre o período de 2016 a 2020. Utilizando a compreensão da distribuição espacial e temporal, investigou-se como essa doença se comporta na cidade e quais os principais fatores epidemiológicos que fazem da dengue uma epidemia explosiva em quase todos os anos deste estudo. Para isso, elaboraram-se mapas que serviram para apontar a situação de vulnerabilidade da doença na cidade, ilustrando os Índices de Infestação Predial (IIP) nos bairros da zona urbana e a evolução dos casos durante os episódios analisados anualmente, adquiridos por meio dos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Setor de Vigilância Epidemiológica e do Centro de Controle de Zoonoses do município.","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"28 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84380028","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
M. S. L. A. Gobbo, T. Araujo, Claudia de Oliveira Faria Salema
Neste ensaio analisou-se as bases fundamentais das Teorias da Urbanização através da ótica da Biotecnologia Ambiental, para que esta possa contribuir no desenvolvimento de projetos urbanos que auxiliem na manutenção da vida. Nele, buscou-se compreender como, ao longo dos anos, as dinâmicas urbanas incidiram na qualidade de vida e no bem-estar da população e do ambiente. Comparativamente, investigou-se como estruturas de poder e de dominação determinaram processos de risco e vulnerabilidade socioambientais, determinando quadros de injustiça ambiental que se replicam desde as cidades industriais do Século XIX até às estruturas urbanísticas da atualidade. Para além, tentou-se estabelecer um paralelo entre a circulação do capital nas cidades e a produção destes espaços para atender um grupo seleto de habitantes dos centros e das periferias. A análise permitiu a identificação de diferentes fatores nos fundamentos das Teorias da Urbanização que se articulam com o bem-estar e a qualidade de vida da população e do ambiente. Ao longo da discussão foram pormenorizados os aspectos relevantes sobre o capital, a estrutura urbana, o processo de gentrificação, os centros e centralidades, trazendo exemplos ilustrativos sobre a periodicidade dos eventos urbanísticos e seus respectivos impactos na produção do espaço urbano e na vida humana e ambiental. Diante disso, inferiu-se que a complementariedade entre as ciências é essencial para compreender a complexidade da urbanização e para atender o desafio do planejamento urbano.
{"title":"FUGIRE URBEN: QUALIDADE DE VIDA E BEM-ESTAR HUMANO E AMBIENTAL NA URBANIZAÇÃO E NO PLANEJAMENTO URBANO","authors":"M. S. L. A. Gobbo, T. Araujo, Claudia de Oliveira Faria Salema","doi":"10.14393/hygeia1966557","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/hygeia1966557","url":null,"abstract":"Neste ensaio analisou-se as bases fundamentais das Teorias da Urbanização através da ótica da Biotecnologia Ambiental, para que esta possa contribuir no desenvolvimento de projetos urbanos que auxiliem na manutenção da vida. Nele, buscou-se compreender como, ao longo dos anos, as dinâmicas urbanas incidiram na qualidade de vida e no bem-estar da população e do ambiente. Comparativamente, investigou-se como estruturas de poder e de dominação determinaram processos de risco e vulnerabilidade socioambientais, determinando quadros de injustiça ambiental que se replicam desde as cidades industriais do Século XIX até às estruturas urbanísticas da atualidade. Para além, tentou-se estabelecer um paralelo entre a circulação do capital nas cidades e a produção destes espaços para atender um grupo seleto de habitantes dos centros e das periferias. A análise permitiu a identificação de diferentes fatores nos fundamentos das Teorias da Urbanização que se articulam com o bem-estar e a qualidade de vida da população e do ambiente. Ao longo da discussão foram pormenorizados os aspectos relevantes sobre o capital, a estrutura urbana, o processo de gentrificação, os centros e centralidades, trazendo exemplos ilustrativos sobre a periodicidade dos eventos urbanísticos e seus respectivos impactos na produção do espaço urbano e na vida humana e ambiental. Diante disso, inferiu-se que a complementariedade entre as ciências é essencial para compreender a complexidade da urbanização e para atender o desafio do planejamento urbano.","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"110 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"72896066","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Problemas de saúde mental em estudantes de medicina afetam o desempenho acadêmico, levam ao abandono e à avaliação negativa do curso e influenciam a vida profissional futura. Objetivou-se estimar a prevalência de problemas de saúde mental e a percepção de qualidade de vida, segundo ciclos do curso. Realizou-se um inquérito epidemiológico, no qual os 1.980 estudantes de graduação em medicina da Universidade Federal de Minas Gerais foram convidados. Em 2018, os estudantes responderam o questionário online (Google Forms), contendo informações sociodemográficas, relacionadas ao curso, comportamentos, saúde mental e qualidade de vida. Realizou-se análise descritiva e comparativa, de acordo com os ciclos (Básico, Teórico-prático e Clínico), por meio do Qui-quadrado de Pearson e ANOVA. A taxa de resposta foi de 74,2% (n=1.470). Depressão (42,8%), ansiedade (19,4%), alterações no sono (70,0%) e pior percepção de qualidade de vida foram mais prevalentes no ciclo Básico; consumo de álcool e de ansiolíticos nos ciclos Teórico-prático (88,3%; 23,5%) e Clínico (86,5%; 27,9%). Maiores prevalências de problemas de saúde mental e pior percepção de qualidade de vida nos dois primeiros anos do curso médico mostram a necessidade de ofertar apoio psicológico aos recém-chegados à universidade, além de melhorar o ambiente educacional.
{"title":"SAÚDE MENTAL E QUALIDADE DE VIDA DE ESTUDANTES DE MEDICINA DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA BRASILEIRA","authors":"Graziella Lage Oliveira, Adalgisa Peixoto Ribeiro","doi":"10.14393/hygeia1966292","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/hygeia1966292","url":null,"abstract":"Problemas de saúde mental em estudantes de medicina afetam o desempenho acadêmico, levam ao abandono e à avaliação negativa do curso e influenciam a vida profissional futura. Objetivou-se estimar a prevalência de problemas de saúde mental e a percepção de qualidade de vida, segundo ciclos do curso. Realizou-se um inquérito epidemiológico, no qual os 1.980 estudantes de graduação em medicina da Universidade Federal de Minas Gerais foram convidados. Em 2018, os estudantes responderam o questionário online (Google Forms), contendo informações sociodemográficas, relacionadas ao curso, comportamentos, saúde mental e qualidade de vida. Realizou-se análise descritiva e comparativa, de acordo com os ciclos (Básico, Teórico-prático e Clínico), por meio do Qui-quadrado de Pearson e ANOVA. A taxa de resposta foi de 74,2% (n=1.470). Depressão (42,8%), ansiedade (19,4%), alterações no sono (70,0%) e pior percepção de qualidade de vida foram mais prevalentes no ciclo Básico; consumo de álcool e de ansiolíticos nos ciclos Teórico-prático (88,3%; 23,5%) e Clínico (86,5%; 27,9%). Maiores prevalências de problemas de saúde mental e pior percepção de qualidade de vida nos dois primeiros anos do curso médico mostram a necessidade de ofertar apoio psicológico aos recém-chegados à universidade, além de melhorar o ambiente educacional.","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"32 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"74297359","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
E. Santana, F. Mendonça, F. Soek, Priscilleyne Ouverney Reis, Karina Flávia Ribeiro Matos
O trabalho teve como objetivo verificar a distribuição espacial dos estabelecimentos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) com ofertas de serviços de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) com o propósito de despertar o uso destas práticas em pacientes com sequelas de Pós-covid-19. Trata-se de um estudo exploratório, a partir de dados públicos oficiais do Ministério da Saúde. Os resultados apontam que os serviços de PICS são encontrados com mais frequência nos Centros de Saúde, Unidades Básicas de Saúde, Clínicas, Centros de Especialidade, Postos de Saúde, Centros de Atenção Psicossocial, Centros de Apoio à Saúde da Família, Consultórios Isolados e Policlínicas. Quanto aos tipos de práticas oferecidas, das 29 registradas no SUS, as mais ofertadas, no período de 2019 a 2021, foram as práticas corpo e mente, acupuntura, outras práticas em medicina tradicional chinesa e fitoterapia. Os estabelecimentos que ofertam PICS estão presentes em 32,5% dos 5.570 municípios brasileiros, predominantemente na região sudeste do país. A análise comparativa entre os anos do quantitativo de municípios com oferta de serviços de PICS mostrou diferença significativa (p>0,01%) em todas as regiões do país. Apesar do baixo percentual de municípios com serviços de PICS há na rede instalada potencial para ampliação do atendimento de casos com sequelas de covid-19 pela atenção primária de todo o país, requerendo apenas o direcionamento de políticas públicas para essas ações pelos gestores do SUS.
{"title":"PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE E O POTENCIAL USO EM PACIENTES COM SEQUELAS POR COVID-19 NO BRASIL","authors":"E. Santana, F. Mendonça, F. Soek, Priscilleyne Ouverney Reis, Karina Flávia Ribeiro Matos","doi":"10.14393/hygeia1965983","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/hygeia1965983","url":null,"abstract":"O trabalho teve como objetivo verificar a distribuição espacial dos estabelecimentos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) com ofertas de serviços de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) com o propósito de despertar o uso destas práticas em pacientes com sequelas de Pós-covid-19. Trata-se de um estudo exploratório, a partir de dados públicos oficiais do Ministério da Saúde. Os resultados apontam que os serviços de PICS são encontrados com mais frequência nos Centros de Saúde, Unidades Básicas de Saúde, Clínicas, Centros de Especialidade, Postos de Saúde, Centros de Atenção Psicossocial, Centros de Apoio à Saúde da Família, Consultórios Isolados e Policlínicas. Quanto aos tipos de práticas oferecidas, das 29 registradas no SUS, as mais ofertadas, no período de 2019 a 2021, foram as práticas corpo e mente, acupuntura, outras práticas em medicina tradicional chinesa e fitoterapia. Os estabelecimentos que ofertam PICS estão presentes em 32,5% dos 5.570 municípios brasileiros, predominantemente na região sudeste do país. A análise comparativa entre os anos do quantitativo de municípios com oferta de serviços de PICS mostrou diferença significativa (p>0,01%) em todas as regiões do país. Apesar do baixo percentual de municípios com serviços de PICS há na rede instalada potencial para ampliação do atendimento de casos com sequelas de covid-19 pela atenção primária de todo o país, requerendo apenas o direcionamento de políticas públicas para essas ações pelos gestores do SUS.","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89088441","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
E. S. Santos, Roberta de Moraes Rocha, Edilberto Tiago de Almeida, Marcelo Carlos de Oliveira Silva Carlos de Oliveira Silva
Este artigo apresenta uma análise das mudanças na dinâmica da distribuição espacial dos estabelecimentos de Saúde no estado de Pernambuco, nos anos de 2007 e 2019. Os dados das empresas foram coletados, georreferenciados e mapeados a partir dos endereços elencados no Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES). Os resultados indicaram que do ano de 2007 para o de 2019 houve mudanças significativas na distribuição espacial dos estabelecimentos de saúde dos setores privados e públicos: as unidades privadas, originalmente mais concentradas do que as públicas, apresentaram uma queda nos indicadores de concentração e passaram a ter uma distribuição espacial mais similar aos estabelecimentos públicos. As estimativas também sugerem a ocorrência de uma desconcentração dos serviços mais complexos de saúde, fato este que é condizente com o processo de interiorização do Ensino Superior na área de Saúde, associado às melhorias na infraestrutura de transporte litoral-interior (Agreste) do estado, além do aumento da renda familiar nas cidades de médio e pequeno porte. Destarte, os resultados podem auxiliar na formulação e aplicação de políticas públicas que visem melhorias no acesso à saúde e intervenham no aprimoramento das redes de demanda e oferta de serviços. É imprescindível, nesse aspecto, investimentos e pesquisas que foquem na mobilidade espacial dos consumidores e profissionais da Saúde, assim como, no suporte de melhores condições de trabalho para estes profissionais.
{"title":"DINÂMICA LOCACIONAL DOS SERVIÇOS DE SAÚDE: EVIDÊNCIAS PARA PERNAMBUCO (2007 E 2019)","authors":"E. S. Santos, Roberta de Moraes Rocha, Edilberto Tiago de Almeida, Marcelo Carlos de Oliveira Silva Carlos de Oliveira Silva","doi":"10.14393/hygeia1965925","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/hygeia1965925","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta uma análise das mudanças na dinâmica da distribuição espacial dos estabelecimentos de Saúde no estado de Pernambuco, nos anos de 2007 e 2019. Os dados das empresas foram coletados, georreferenciados e mapeados a partir dos endereços elencados no Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES). Os resultados indicaram que do ano de 2007 para o de 2019 houve mudanças significativas na distribuição espacial dos estabelecimentos de saúde dos setores privados e públicos: as unidades privadas, originalmente mais concentradas do que as públicas, apresentaram uma queda nos indicadores de concentração e passaram a ter uma distribuição espacial mais similar aos estabelecimentos públicos. As estimativas também sugerem a ocorrência de uma desconcentração dos serviços mais complexos de saúde, fato este que é condizente com o processo de interiorização do Ensino Superior na área de Saúde, associado às melhorias na infraestrutura de transporte litoral-interior (Agreste) do estado, além do aumento da renda familiar nas cidades de médio e pequeno porte. Destarte, os resultados podem auxiliar na formulação e aplicação de políticas públicas que visem melhorias no acesso à saúde e intervenham no aprimoramento das redes de demanda e oferta de serviços. É imprescindível, nesse aspecto, investimentos e pesquisas que foquem na mobilidade espacial dos consumidores e profissionais da Saúde, assim como, no suporte de melhores condições de trabalho para estes profissionais.","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"37 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"74767273","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Fernanda Vieira Nicolato, Márcio Fernandes dos Reis, Maria do Socorro Lina van Keulen, A. Chaoubah
Objetivo: analisar os gastos públicos com a produção ambulatorial para incontinência urinária em homens no Brasil e regiões, entre os anos 2010 a 2019. Método: Trata-se de um estudo observacional e descritivo, realizado para as regiões Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país em um período de dez anos. Os dados foram obtidos no Sistema de Informações Ambulatorial do Sistema Único de Saúde e extraídos e processados pelo programa TABWIN versão 4.1.5. A seleção dos dados foi organizada pelo valor pago por procedimento na população masculina, na faixa etária maior de 20 anos e por regiões do Brasil. Resultado: No período estudado, o gasto público médio com a produção ambulatorial para incontinência urinária em homens foi de R$ 92.141,00 por ano, sendo constatado um aumento de 590% entre 2010 e 2019. A região Sul apresentou os maiores gastos por procedimento quando comparada à região Centro-Oeste. Os maiores gastos foram concentrados nas regiões mais desenvolvidas, sendo a região Sudeste com gasto total de R$ 570.792,87, seguida da região Sul com gasto total de R$ 192.115,73. Os gastos com homens entre 60 e 69 anos foram significativamente maiores em relação às faixas etárias entre 20 e 49 anos e acima de 80 anos. Conclusão: Os resultados evidenciaram que há concentração do gasto ambulatorial com a incontinência urinária em homens nas regiões geográficas com melhor infraestrutura e associação com o envelhecimento populacional.
{"title":"GASTOS PÚBLICOS COM A PRODUÇÃO AMBULATORIAL PARA INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM HOMENS NO BRASIL: DATASUS, 2010-2019","authors":"Fernanda Vieira Nicolato, Márcio Fernandes dos Reis, Maria do Socorro Lina van Keulen, A. Chaoubah","doi":"10.14393/hygeia1965770","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/hygeia1965770","url":null,"abstract":"Objetivo: analisar os gastos públicos com a produção ambulatorial para incontinência urinária em homens no Brasil e regiões, entre os anos 2010 a 2019. Método: Trata-se de um estudo observacional e descritivo, realizado para as regiões Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país em um período de dez anos. Os dados foram obtidos no Sistema de Informações Ambulatorial do Sistema Único de Saúde e extraídos e processados pelo programa TABWIN versão 4.1.5. A seleção dos dados foi organizada pelo valor pago por procedimento na população masculina, na faixa etária maior de 20 anos e por regiões do Brasil. Resultado: No período estudado, o gasto público médio com a produção ambulatorial para incontinência urinária em homens foi de R$ 92.141,00 por ano, sendo constatado um aumento de 590% entre 2010 e 2019. A região Sul apresentou os maiores gastos por procedimento quando comparada à região Centro-Oeste. Os maiores gastos foram concentrados nas regiões mais desenvolvidas, sendo a região Sudeste com gasto total de R$ 570.792,87, seguida da região Sul com gasto total de R$ 192.115,73. Os gastos com homens entre 60 e 69 anos foram significativamente maiores em relação às faixas etárias entre 20 e 49 anos e acima de 80 anos. Conclusão: Os resultados evidenciaram que há concentração do gasto ambulatorial com a incontinência urinária em homens nas regiões geográficas com melhor infraestrutura e associação com o envelhecimento populacional.","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"10 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"72618497","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}