Arthur Sodré de Mendonça, L. Martins, Luiz Fernando DE Oliveira Urzeda, Mariana da Silva Andrade, Thiago Vinícius Lemos Gonçalves
{"title":"COEFICIENTE DE INCIDÊNCIA DE AIDS NA POPULAÇÃO BRASILEIRA, 2012-2021: UMA ANÁLISE DE SÉRIE TEMPORAL","authors":"Arthur Sodré de Mendonça, L. Martins, Luiz Fernando DE Oliveira Urzeda, Mariana da Silva Andrade, Thiago Vinícius Lemos Gonçalves","doi":"10.51161/ii-conbrai/5860","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é causada pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), o qual gera a depleção do sistema imunológico e torna o infectado vulnerável às doenças oportunistas. No Brasil, o Ministério da Saúde estima mais de 900 mil pessoas portadoras de AIDS, das quais 12 mil evoluem para o óbito anualmente. Assim sendo, essa síndrome corresponde a um problema de saúde pública, já que tem potencial para desencadear diferentes problemas psicossociais. Objetivo: O presente estudo visa analisar a tendência temporal do coeficiente de incidência da AIDS no Brasil, entre 2012 e 2021. Material e métodos: Corresponde a um estudo observacional, analítico, longitudinal e retrospectivo, para o qual adquiriu-se os dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÍstica (IBGE). Os dados utilizados corresponderam ao número de casos de AIDS e o número populacional do Brasil, referentes aos anos de 2012 a 2021. Calculou-se o coeficiente de incidência através da fórmula: (número de casos÷número populacional)*100.000, para cada ano. As séries temporais foram produzidas no software Stata 14.0, através do método de regressão linear Prais-Winsten. Assim, obteve-se o valor do coeficiente beta e do erro padrão, utilizados para calcular a taxa de incremento anual (TI), de modo que as tendências com p-valor inferior a 0,05 foram consideradas significativas. Resultados: No período entre 2012 a 2021, foram detectados 367.073 novos casos de AIDS no Brasil. Considerando números absolutos, a região Sudeste apresentou o maior número de casos no intervalo analisado (144.113 casos), em contrapartida ao Centro-Oeste que evidenciou o menor número (24.607). O ano de 2013 apresentou a maior incidência do período estudado (21,75/100.000 habitantes), enquanto 2021 demonstrou a menor (6,33/100.000). Foi observado, entre 2012 e 2021, uma tendência decrescente da incidência de AIDS, com taxa de variação anual negativa de 10,6% ((p-valor=0,031). Conclusão: A partir do exposto, conclui-se que o Brasil refletiu boas respostas de controle e conscientização da AIDS nos últimos tempos. Contudo, ainda é alto o número de casos e óbitos anuais, o que evidencia a necessidade de novas estratégias sociais para atenuar as consequências dessa patologia.","PeriodicalId":7739,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","volume":"81 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do II Congresso Brasileiro de Imunologia On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/ii-conbrai/5860","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é causada pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), o qual gera a depleção do sistema imunológico e torna o infectado vulnerável às doenças oportunistas. No Brasil, o Ministério da Saúde estima mais de 900 mil pessoas portadoras de AIDS, das quais 12 mil evoluem para o óbito anualmente. Assim sendo, essa síndrome corresponde a um problema de saúde pública, já que tem potencial para desencadear diferentes problemas psicossociais. Objetivo: O presente estudo visa analisar a tendência temporal do coeficiente de incidência da AIDS no Brasil, entre 2012 e 2021. Material e métodos: Corresponde a um estudo observacional, analítico, longitudinal e retrospectivo, para o qual adquiriu-se os dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÍstica (IBGE). Os dados utilizados corresponderam ao número de casos de AIDS e o número populacional do Brasil, referentes aos anos de 2012 a 2021. Calculou-se o coeficiente de incidência através da fórmula: (número de casos÷número populacional)*100.000, para cada ano. As séries temporais foram produzidas no software Stata 14.0, através do método de regressão linear Prais-Winsten. Assim, obteve-se o valor do coeficiente beta e do erro padrão, utilizados para calcular a taxa de incremento anual (TI), de modo que as tendências com p-valor inferior a 0,05 foram consideradas significativas. Resultados: No período entre 2012 a 2021, foram detectados 367.073 novos casos de AIDS no Brasil. Considerando números absolutos, a região Sudeste apresentou o maior número de casos no intervalo analisado (144.113 casos), em contrapartida ao Centro-Oeste que evidenciou o menor número (24.607). O ano de 2013 apresentou a maior incidência do período estudado (21,75/100.000 habitantes), enquanto 2021 demonstrou a menor (6,33/100.000). Foi observado, entre 2012 e 2021, uma tendência decrescente da incidência de AIDS, com taxa de variação anual negativa de 10,6% ((p-valor=0,031). Conclusão: A partir do exposto, conclui-se que o Brasil refletiu boas respostas de controle e conscientização da AIDS nos últimos tempos. Contudo, ainda é alto o número de casos e óbitos anuais, o que evidencia a necessidade de novas estratégias sociais para atenuar as consequências dessa patologia.