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Abstract
A ciência moderna tem oferecido muitas ferramentas de controle e manipulação da natureza e dos homens, mas a despeito dos discursos entusiastas ainda se nota negacionismos e irracionalidade no uso de instrumentos e produtos científicos. Por isso, é propício aos acadêmicos, sobretudo àqueles que trabalham com textos teológicos e/ou discursos religiosos pensar sobre o desgaste hermenêutico que o modelo científico moderno tem apresentado, e até que ponto é possível recuperar o fôlego criativo da ciência através da revitalização do discurso filosófico e literário. O objetivo deste texto é ensaístico e procura analisar a ciência moderna dentro de questões filosóficas antigas que remontam inclusive as origens comuns entre teologia e filosofia. Para tanto parte-se de um pequeno texto escrito por Fernando Pessoa como forma de pôr em questão os sentimentos de inquietação que toda a vida moderna suscita dentro dos seres humanos, a estética de Pessoa guarda um tipo único de misticismo, algo que internaliza as mudanças da mentalidade moderna inaugurada pelas descobertas da ciência moderna e ao mesmo tempo mostra um certo mal-estar intelectual frente a uma realidade carregada dos fados e enfados da vida.