{"title":"Aspectos do Ensino Religioso na Base Nacional Comum Curricular: os fundamentos para educação de qualidade","authors":"Marta Braga Façanha, Valdir Stephanini","doi":"10.7213/2175-1838.13.01.ds04","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O Ensino Religioso (ER) está contido na Constituição Federal de 1988 como componente facultativa curricular para ser realizada em horário normal nas escolas de Ensino Fundamental e parte integrante da formação básica do cidadão, que prioriza e valoriza a diversidade cultural e veda qualquer forma de proselitismo. A proposta deste artigo consiste-se em debater o dilema epistemológico decorrente da inclusão da componente ER no currículo das escolas públicas de Ensino Fundamental, inserindo esse debate acerca da liberdade de religião e a separação entre Igreja e Estado, à luz da legislação brasileira. A pesquisa ocorreu com uso do método de pesquisa bibliográfica, de natureza qualitativa e abordagem descritiva. Os resultados analisaram os aspectos do ER na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que postulam sobre a componente garantir a educação de qualidade, e também enfatizou-se o que preconiza sobre os aspectos filosóficos, pedagógicos e socioculturais do ER, salientando-se que nenhuma tradição religiosa é “total” e não existe um status de favoritismo de religiões. Concluiu-se que as estratégias descritas na BNCC orientam os professores de ER a estabelecer vínculo dialogal e harmonioso e garantir uma reciprocidade no tratamento da diversidade em suas aulas, pois ao respeitar a diversidade religiosa pode garantir que o proselitismo religioso não ocorra e, assim, garante-se também que o processo ensino aprendizagem ocorra de forma satisfatória, independente da imparcialidade no processo avaliativo dos conhecimentos construidos em sala de aula.","PeriodicalId":41213,"journal":{"name":"Revista Pistis & Praxis-Teologia e Pastoral","volume":"107 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2021-06-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Pistis & Praxis-Teologia e Pastoral","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.7213/2175-1838.13.01.ds04","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"RELIGION","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O Ensino Religioso (ER) está contido na Constituição Federal de 1988 como componente facultativa curricular para ser realizada em horário normal nas escolas de Ensino Fundamental e parte integrante da formação básica do cidadão, que prioriza e valoriza a diversidade cultural e veda qualquer forma de proselitismo. A proposta deste artigo consiste-se em debater o dilema epistemológico decorrente da inclusão da componente ER no currículo das escolas públicas de Ensino Fundamental, inserindo esse debate acerca da liberdade de religião e a separação entre Igreja e Estado, à luz da legislação brasileira. A pesquisa ocorreu com uso do método de pesquisa bibliográfica, de natureza qualitativa e abordagem descritiva. Os resultados analisaram os aspectos do ER na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que postulam sobre a componente garantir a educação de qualidade, e também enfatizou-se o que preconiza sobre os aspectos filosóficos, pedagógicos e socioculturais do ER, salientando-se que nenhuma tradição religiosa é “total” e não existe um status de favoritismo de religiões. Concluiu-se que as estratégias descritas na BNCC orientam os professores de ER a estabelecer vínculo dialogal e harmonioso e garantir uma reciprocidade no tratamento da diversidade em suas aulas, pois ao respeitar a diversidade religiosa pode garantir que o proselitismo religioso não ocorra e, assim, garante-se também que o processo ensino aprendizagem ocorra de forma satisfatória, independente da imparcialidade no processo avaliativo dos conhecimentos construidos em sala de aula.