{"title":"Entre alargamentos discursivos e negociações semânticas: sentidos de modernidade e perspectivas identitárias no jornalismo","authors":"Nara Lya Cabral Scabin","doi":"10.34019/1981-4070.2022.v16.31293","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A centralidade adquirida pela categoria “gênero” no debate público midiático emerge como parte de processos de fragmentação e politização das identidades, por um lado, e aquisição de centralidade por pautas e discussões identitárias, por outro. Considerando esse contexto, este artigo busca compreender como veículos jornalísticos do chamado “jornalismo de referência” comportam-se diante da emergência, na contemporaneidade, de uma discursividade que remodela concepções políticas e assume uma posição de concorrência em relação a compreensões próprias da modernidade. A partir da mobilização de conceitos da Análise do Discurso (MAINGUENEAU, 2008; 2010; FOUCAULT, 2008; 2012), interessam-nos as negociações entre discursos constituintes da modernidade, aos quais se filiam práticas e valores do ideário jornalístico clássico, e discursos identitários que ganham força na contemporaneidade. Como foco privilegiado das análises, elegemos o caso do jornal Folha de S. Paulo, destacando o exame dos enquadramentos conferidos a discursos sobre liberdade de expressão (cuja gênese remete a uma discursividade fundante da modernidade) à luz de debates sobre questões de gênero em um espaço, abrigado pela marca “Folha”, cuja razão de ser ancora-se em um corte identitário: o blog #AgoraÉQueSãoElas.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"157 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Lumina","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2022.v16.31293","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A centralidade adquirida pela categoria “gênero” no debate público midiático emerge como parte de processos de fragmentação e politização das identidades, por um lado, e aquisição de centralidade por pautas e discussões identitárias, por outro. Considerando esse contexto, este artigo busca compreender como veículos jornalísticos do chamado “jornalismo de referência” comportam-se diante da emergência, na contemporaneidade, de uma discursividade que remodela concepções políticas e assume uma posição de concorrência em relação a compreensões próprias da modernidade. A partir da mobilização de conceitos da Análise do Discurso (MAINGUENEAU, 2008; 2010; FOUCAULT, 2008; 2012), interessam-nos as negociações entre discursos constituintes da modernidade, aos quais se filiam práticas e valores do ideário jornalístico clássico, e discursos identitários que ganham força na contemporaneidade. Como foco privilegiado das análises, elegemos o caso do jornal Folha de S. Paulo, destacando o exame dos enquadramentos conferidos a discursos sobre liberdade de expressão (cuja gênese remete a uma discursividade fundante da modernidade) à luz de debates sobre questões de gênero em um espaço, abrigado pela marca “Folha”, cuja razão de ser ancora-se em um corte identitário: o blog #AgoraÉQueSãoElas.