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Abstract
O artigo relaciona a forma escolar, tal como definida na literatura, com a percepção dos estudantes quanto à organização do trabalho escolar e pedagógico. A pesquisa de campo foi realizada em três escolas portuguesas com características diferenciadas entre si: duas de perfil tradicional sendo uma de localização periférica e outra voltada a setores sociais elitizados. Uma terceira escola foi selecionada por adotar métodos inovadores. Realizamos observações nas turmas, grupos focais com estudantes e entrevistas com docentes. O suporte teórico advém das perspectivas críticas, sobretudo Enguita (1989), o qual destaca o isomorfismo entre sociedade e escola burguesa. As escolas de perfil tradicional foram objeto de críticas pelos estudantes. A de periferia revela a formação para inserção social precária e um cunho assistencial, enquanto a escola voltada às elites mostrou-se mais enrijecida em seus métodos, sofrendo grande rejeição estudantil. Aquela com proposta pedagógica inovadora alcança algumas mudanças na forma escolar e atrai o interesse e o envolvimento dos estudantes. Concluímos que a escola precisa ser transformada radicalmente em seu conteúdo e forma para estar em sintonia com as novas gerações e os desafios da sociedade atual, mas o conjunto social igualmente precisa ser revolucionado pois, no limite, é este que modula o conteúdo, a forma e os sentidos que os sujeitos imprimem à escola.