{"title":"Visões sobre o processo de escrita","authors":"Carolina Zuppo Abed","doi":"10.15448/2526-8848.2022.1.42129","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo propõe analisar os processos criativos por um viés interdisciplinar, investigando sobretudo o papel do caos na criação (de modo geral) e na escrita (especificamente). A hipótese de trabalho desenvolvida é a de que os atos de criação resultam de um trânsito contínuo entre a ordem e a desordem – e que, para criar, é preciso manter-se em uma zona indeterminada entre esses dois polos. O ponto de partida para tal proposição está nas reflexões de Deleuze (2006) e de Agamben (2017) sobre os atos criativos. Teorias das artes visuais (OSTROWER, 2014) e pensamentos de filosofias milenares orientais (Tao Te Ching e Rig Veda) também contribuíram para pensar a questão. Espera-se, com as reflexões aqui propostas, situar o debate acerca dos mecanismos de criação no paradigma filosófico-científico da complexidade, tal como defendido por Morin (2000), e contribuir para uma maior compreensão dos processos criativos em escrita.","PeriodicalId":43374,"journal":{"name":"SCRIPTORIUM","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"SCRIPTORIUM","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15448/2526-8848.2022.1.42129","RegionNum":3,"RegionCategory":"文学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"Arts and Humanities","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Este artigo propõe analisar os processos criativos por um viés interdisciplinar, investigando sobretudo o papel do caos na criação (de modo geral) e na escrita (especificamente). A hipótese de trabalho desenvolvida é a de que os atos de criação resultam de um trânsito contínuo entre a ordem e a desordem – e que, para criar, é preciso manter-se em uma zona indeterminada entre esses dois polos. O ponto de partida para tal proposição está nas reflexões de Deleuze (2006) e de Agamben (2017) sobre os atos criativos. Teorias das artes visuais (OSTROWER, 2014) e pensamentos de filosofias milenares orientais (Tao Te Ching e Rig Veda) também contribuíram para pensar a questão. Espera-se, com as reflexões aqui propostas, situar o debate acerca dos mecanismos de criação no paradigma filosófico-científico da complexidade, tal como defendido por Morin (2000), e contribuir para uma maior compreensão dos processos criativos em escrita.