Francisco Eugenio Alves de Souza, E. F. P. D. A. Nunes, Brígida Gimenez Carvalho, Fernanda de Freitas Mendonça, Argéria Maria Serraglio Narciso, Carolina Milena Domingos
{"title":"O poder simbólico e a gestão dos hospitais em municípios de pequeno porte","authors":"Francisco Eugenio Alves de Souza, E. F. P. D. A. Nunes, Brígida Gimenez Carvalho, Fernanda de Freitas Mendonça, Argéria Maria Serraglio Narciso, Carolina Milena Domingos","doi":"10.11144/javeriana.rgps20.psgh","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução. Nos pequenos municípios, a existência de hospitais de pequeno porte constitui-se mais em gerador de problemas do que de soluções. Objetivo. Compreender os aspectos que interferem na gestão dos hospitais de pequeno porte sob o enfoque de conceitos teóricos de Pierre Bourdieu. Métodos. Realizou-se um estudo qualitativo em hospitais de 14 municípios no norte do Paraná, Brasil. Foram utilizados dados secundários e entrevistas semiestruturadas com secretários de saúde e diretores dos hospitais. Finalmente, realizou-se uma análise compreensiva e interpretativa articulada às formulações de Bourdieu. Resultados. Os resultados foram organizados em duas categorias. A primeira tratou do desafio de manter um serviço de saúde que, além de gerar despesas onerosas, traz poucos resultados na prestação de serviços à população. A segunda revelou como o jogo político torna o processo de gestão dos hospitais de pequeno porte uma tarefa complexa e desafiadora. Conclusões. Apesar de os hospitais de pequeno porte não constituírem instituições eficientes para prover assistência à saúde para as populações às quais se destinam, têm-se mantido historicamente. Isso deve-se, por um lado, à influência do habitus coletivo cultural desse valor existente entre a população e, por outro, à força do poder simbólico que mobiliza os gestores/agentes políticos dominantes.","PeriodicalId":38882,"journal":{"name":"Revista Gerencia y Politicas de Salud","volume":"64 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Gerencia y Politicas de Salud","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11144/javeriana.rgps20.psgh","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Medicine","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Introdução. Nos pequenos municípios, a existência de hospitais de pequeno porte constitui-se mais em gerador de problemas do que de soluções. Objetivo. Compreender os aspectos que interferem na gestão dos hospitais de pequeno porte sob o enfoque de conceitos teóricos de Pierre Bourdieu. Métodos. Realizou-se um estudo qualitativo em hospitais de 14 municípios no norte do Paraná, Brasil. Foram utilizados dados secundários e entrevistas semiestruturadas com secretários de saúde e diretores dos hospitais. Finalmente, realizou-se uma análise compreensiva e interpretativa articulada às formulações de Bourdieu. Resultados. Os resultados foram organizados em duas categorias. A primeira tratou do desafio de manter um serviço de saúde que, além de gerar despesas onerosas, traz poucos resultados na prestação de serviços à população. A segunda revelou como o jogo político torna o processo de gestão dos hospitais de pequeno porte uma tarefa complexa e desafiadora. Conclusões. Apesar de os hospitais de pequeno porte não constituírem instituições eficientes para prover assistência à saúde para as populações às quais se destinam, têm-se mantido historicamente. Isso deve-se, por um lado, à influência do habitus coletivo cultural desse valor existente entre a população e, por outro, à força do poder simbólico que mobiliza os gestores/agentes políticos dominantes.