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Abstract
Este estudo, a partir de uma abordagem qualitativa, tem a intenção de esboçar possibilidades que podem auxiliar no campo teórico e, ao mesmo tempo, metodológico, para a construção de caminhos bricolados ao se fazer pesquisa com grupos sociais e culturais, que, de certa forma, divergem do nosso modelo ocidental de sociedade. Para tal, a presente discussão é constituída por meio do estudo bibliográfico e de nossas experiências. No intuito de atingirmos o objetivo e produzirmos indagações sobre o processo de pesquisa, apoiamo-nos nas contribuições pós-críticas do campo dos estudos culturais, em pressupostos das teorias pós-coloniais, em autores do Grupo Modernidade/Colonialidade. As percepções iniciais indicam que o ato de pesquisar com grupos sociais secularmente subalternizados deve ser de respeito às diferenças, e por isso é imprescindível traçarmos caminhos descolonizados, buscando a descolonização de nós no percurso da pesquisa. Dessa maneira, trabalhar com teorias que descortinam os encobrimentos coloniais colabora para o ato de ressignificação da pesquisa e para uma postura epistemológica baseada na bricolagem que funciona como rasuras metodológicas que nos permitiram desviar de caminhos fixos, de olhares naturalizados, cristalizados sobre os sujeitos que pesquisamos e com quem pesquisamos. Logo, é imperativo que estejamos em processo contínuo de descolonização de nós mesmos.