{"title":"As concepções africanas do ser humano: leituras críticas à partir da Bantu Philosophy de Placide Tempels","authors":"Tiago Tendai Chingore, Elnora Gondim","doi":"10.52052/ISSN.2176-5960.PRO.V13I35.14061","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo debate sobre as concepções africanas do Ser humano a partir da Bantu Philosophy de Placide Tempels, partindo da obra African Philosophy: Myth and Reality. Procuramos fazer uma desconstrução e construção da crítica avançada, à etnofilosofia de Placide Tempels na sua obra Bantu Philosophy (Filosofia Bantu). Portanto, falar de Placide Tempels evoca, de certo modo, toda uma série de questões e debates que estão intimamente relacionados com a existência da primeira tentativa de construir e sistematizar a filosofia africana. Na verdade, não se pode falar da filosofia africana sem fazer menção à Tempels em sua obra Bantu Philosophy de (1945). Tempels foi o primeiro autor que trouxe a questão de filosofia “Bantu” à superfície. Neste contexto, a obra African Philosophy: Myth and Reality de Paulin Hountondji, criou um movimento intelectual bastante forte, que despoletou debates filosóficos fervorosos nos últimos anos. No seu prefácio, Hountondji inicia o debate considerando Husserl, como sendo o filósofo que teria criado algumas formas, técnicas e ideias intelectuais que permitiram a filosofia de ser uma ciência rigorosa. Na mesma linha de pensamento, Hountondji evoca René Descartes no seu Cogito[1], onde defendia que todas as doutrinas deveriam possuir um valor, uma responsabilidade intelectual e uma justificação lógico-racional. Para tanto, o trabalho apresenta-se estruturado em duas partes, onde na primeira parte: faço uma fundamentação do pensamento de Placide J. Tempels e da sua teoria sobre a Filosofia Bantu, descrevo seu perfil, sua concepção de ontologia Bantu e a sua visão em torno da filosofia bantu. Na segunda parte, apresento a ideia proposta por Paulin Hountondji e a sua crítica unanimista à etnofilosofia de Tempels, onde apresento as influências que ele teve, a crítica que faz à etnofilosofia de Tempels, aqui invoco vários filósofos africanos que abordam sobre o tema em estudo, e, por fim, as considerações finais. \n \nPalavras-chave: Filosofia Africana. Etnofilosofia. Ontologia. Força vital. Ser Humano. \n \n \n","PeriodicalId":43087,"journal":{"name":"Argumentos-Revista de Filosofia","volume":"10 1","pages":"64-80"},"PeriodicalIF":0.2000,"publicationDate":"2020-08-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Argumentos-Revista de Filosofia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.52052/ISSN.2176-5960.PRO.V13I35.14061","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"PHILOSOPHY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O artigo debate sobre as concepções africanas do Ser humano a partir da Bantu Philosophy de Placide Tempels, partindo da obra African Philosophy: Myth and Reality. Procuramos fazer uma desconstrução e construção da crítica avançada, à etnofilosofia de Placide Tempels na sua obra Bantu Philosophy (Filosofia Bantu). Portanto, falar de Placide Tempels evoca, de certo modo, toda uma série de questões e debates que estão intimamente relacionados com a existência da primeira tentativa de construir e sistematizar a filosofia africana. Na verdade, não se pode falar da filosofia africana sem fazer menção à Tempels em sua obra Bantu Philosophy de (1945). Tempels foi o primeiro autor que trouxe a questão de filosofia “Bantu” à superfície. Neste contexto, a obra African Philosophy: Myth and Reality de Paulin Hountondji, criou um movimento intelectual bastante forte, que despoletou debates filosóficos fervorosos nos últimos anos. No seu prefácio, Hountondji inicia o debate considerando Husserl, como sendo o filósofo que teria criado algumas formas, técnicas e ideias intelectuais que permitiram a filosofia de ser uma ciência rigorosa. Na mesma linha de pensamento, Hountondji evoca René Descartes no seu Cogito[1], onde defendia que todas as doutrinas deveriam possuir um valor, uma responsabilidade intelectual e uma justificação lógico-racional. Para tanto, o trabalho apresenta-se estruturado em duas partes, onde na primeira parte: faço uma fundamentação do pensamento de Placide J. Tempels e da sua teoria sobre a Filosofia Bantu, descrevo seu perfil, sua concepção de ontologia Bantu e a sua visão em torno da filosofia bantu. Na segunda parte, apresento a ideia proposta por Paulin Hountondji e a sua crítica unanimista à etnofilosofia de Tempels, onde apresento as influências que ele teve, a crítica que faz à etnofilosofia de Tempels, aqui invoco vários filósofos africanos que abordam sobre o tema em estudo, e, por fim, as considerações finais.
Palavras-chave: Filosofia Africana. Etnofilosofia. Ontologia. Força vital. Ser Humano.