Jean Murilo Patrício da Assunção, Tomas Alisson Marques Raupp, Josete Mazon, F. T. Tarabay
{"title":"Estudo transversal sobre o quadro de sequelas neurológicas nos pacientes com COVID-19 na região da AMREC e AMESC de Santa Catarina","authors":"Jean Murilo Patrício da Assunção, Tomas Alisson Marques Raupp, Josete Mazon, F. T. Tarabay","doi":"10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-203118","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: COVID-longa refere-se ao grupo de sintomas que persistem após um mês da fase aguda da doença. Destacam-se fadiga, dispneia, alterações sensoriais, mialgia e alterações cognitivas como as principais manifestações observadas. OBJETIVO: Analisar o cenário das sequelas neurológicas associadas ao COVID-19 nas regiões da Associação de Municípios do Extremo Sul Catarinense (AMESC) e Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC) de Santa Catarina. MÉTODO: Participaram da pesquisa 541 pacientes infectados que não se encontravam na fase aguda da doença. Por meio da entrevista telefônica estruturada, foram obtidos dados referentes aos sintomas e à realização de tratamento desses pacientes. RESULTADOS: Constatou-se que 71,7% dos pacientes entrevistados relataram sintomas de COVID-longa, principalmente entre as mulheres (65,4%). Alterações cognitivas (41,8%), anosmia (33,3%), alterações do paladar (27,4%) foram as manifestações neurológicas de COVID-longa mais frequentes entre os participantes nas duas regiões pesquisadas. Demonstrou-se relação significativa entre a duração do distúrbio do sono na AMREC e AMESC (p = 0,014), assim como na realização de tratamento na AMESC e não realização de tratamento na AMREC (p < 0,001). CONCLUSÃO: Dentre as manifestações neurológicas, houve maior frequência de alterações cognitivas, anosmia e alterações do paladar entre os indivíduos das duas regiões estudadas. Além disso, a procura por realização de tratamento em ambiente domiciliar, atenção básica e especializada na região na AMESC, bem como a não realização de tratamento na AMREC, demonstrou significativa diferença entre os cenários regionais. Assim também, a duração de distúrbios do sono, com apresentação mais frequente durante a fase aguda na AMESC e a fase crônica na AMREC, apresentou relevante distinção constatada entre os participantes das duas regiões, sugerindo a realização de estudos mais completos e prolongados nessas populações.","PeriodicalId":91041,"journal":{"name":"Revista de medicina","volume":"19 6 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-08-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de medicina","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v102i4e-203118","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
INTRODUÇÃO: COVID-longa refere-se ao grupo de sintomas que persistem após um mês da fase aguda da doença. Destacam-se fadiga, dispneia, alterações sensoriais, mialgia e alterações cognitivas como as principais manifestações observadas. OBJETIVO: Analisar o cenário das sequelas neurológicas associadas ao COVID-19 nas regiões da Associação de Municípios do Extremo Sul Catarinense (AMESC) e Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC) de Santa Catarina. MÉTODO: Participaram da pesquisa 541 pacientes infectados que não se encontravam na fase aguda da doença. Por meio da entrevista telefônica estruturada, foram obtidos dados referentes aos sintomas e à realização de tratamento desses pacientes. RESULTADOS: Constatou-se que 71,7% dos pacientes entrevistados relataram sintomas de COVID-longa, principalmente entre as mulheres (65,4%). Alterações cognitivas (41,8%), anosmia (33,3%), alterações do paladar (27,4%) foram as manifestações neurológicas de COVID-longa mais frequentes entre os participantes nas duas regiões pesquisadas. Demonstrou-se relação significativa entre a duração do distúrbio do sono na AMREC e AMESC (p = 0,014), assim como na realização de tratamento na AMESC e não realização de tratamento na AMREC (p < 0,001). CONCLUSÃO: Dentre as manifestações neurológicas, houve maior frequência de alterações cognitivas, anosmia e alterações do paladar entre os indivíduos das duas regiões estudadas. Além disso, a procura por realização de tratamento em ambiente domiciliar, atenção básica e especializada na região na AMESC, bem como a não realização de tratamento na AMREC, demonstrou significativa diferença entre os cenários regionais. Assim também, a duração de distúrbios do sono, com apresentação mais frequente durante a fase aguda na AMESC e a fase crônica na AMREC, apresentou relevante distinção constatada entre os participantes das duas regiões, sugerindo a realização de estudos mais completos e prolongados nessas populações.